segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Medicina em Crise - A alopatia do século XX

:: Conceição Trucom ::


Um texto antigo, mas AINDA muito atual!

Fonte: Publicação Raum&Zeit, vol.2, n.2, 1990 - University of Ulm, Alemanha
http://wwwex.physik.uni-ulm.de/Vortraege/ZAWIW99/Raum.htm

Antes que você inicie a leitura do texto em referência gostaria de fazer alguns comentários.
Quando comecei a dar palestras sobre Alimentação Consciente em 97, costumava abrir todas elas com as seguintes colocações:
A saúde é algo que devemos cuidar de forma 100% preventiva.
Precisamos ser responsáveis pela nossa saúde total.
Não desejo passar nossos próximos momentos fazendo terrorismo para provocar suas mudanças de hábitos de vida e alimentares. Isto não funciona.
Ao contrário, meu objetivo é conduzir vocês para o auto-amor. Trazer luz para o coração de vocês.
Saibamos que inviabilizar a doença é uma conduta especial de vida onde busca-se:

1) Esclarecimento, ou seja, conhecer os passos básicos das nossas necessidades biológicas e dos alimentos que favorecem o pleno funcionamento harmonioso desta engrenagem que é o corpo humano. Somente através do esclarecimento (=Luz) é que assumimos o comando da nossa vida e bem-estar, portanto mantemos o poder nas nossas mãos.

2) Desejo de auto-amor, auto-valorização, autoconhecimento e evolução espiritual.

3) Evitar ser vítima do capitalismo selvagem que integra a indústria alimentícia - plena de artifícios que matam a vida - e os sistemas de saúde que contrariamente ao previsível, enriquecem com a doença.
Amo o meu trabalho e todas as medicinas antigas, erroneamente chamadas de alternativas, pois foram elas verdadeiramente as primeiras. Nelas preserva-se espaço para respirar, práticas físicas que respeitam a anatomia humana, meditar e nutrir-se em comunhão com a natureza e os seres vivos.
Reconheço que a vida está corrida, competitiva e o tempo acelerado. Mas percebam que tudo isso faz parte de um sistema que nos chama para fora, seguramente proposital.
Eis um exemplo abaixo de onde pode chegar a modernidade sem espiritualidade.
Mas você entrega-se ao sistema se quiser. Este é o seu livre-arbítrio.

Engodo da AIDS, comércio com o coração e com a procriação, máfia do câncer:

Ian Kennedy, no trabalho "Unmasking Medicine" (Desmascarando a Medicina), afirmou em 1981: "A medicina moderna tomou o caminho errado. Avidamente aceita pela população, a natureza da medicina moderna faz com que seja decididamente nociva à saúde".
Ivan Illich, Rick Carlson, Robert Mendelsohn e Fritjof Capra, eminentes acadêmicos, mostram que a medicina alopática é a principal ameaça à saúde do mundo ocidental. São quatro as áreas em que é mais nociva à saúde pública: AIDS, câncer, doenças cardiovasculares e obstetrícia.

Uma das falhas óbvias da alopatia é sua miopia frente à nutrição - que está na raiz dos problemas em tantas áreas. Outra falha é sua paixão pelos produtos farmacêuticos como sistema de tratamento. Um problema grave é a visão simplista e mecanicista do corpo humano e das doenças, aliada ao apego a doutrinas científicas ultrapassadas. Todas essas falhas são agravadas por uma atitude tacanha de proteção de interesses, que torna impossível penetrar no mundo real da saúde.

Não devemos permitir que as indústrias, que lucram com os cuidados da saúde, dominem o sistema de saúde, suas instituições e a educação dos profissionais da área. Temos hoje um complexo alopático/industrial cujas ramificações parecem um prato de espaguete ou uma pilha de minhocas, envolvendo órgãos estaduais e federais, universidades, associações comerciais e conselhos de controle do exercício profissional - todos procurando proteger seus interesses.

Drenam os recursos do país a uma velocidade espantosa, com custos exorbitantes para o governo e para o público que paga por seus cuidados de saúde. Por um lado, existe um conchavo entre os órgãos governamentais e as associações comerciais tentando suprimir a concorrência à alopatia. Por outro, órgãos governamentais diferentes estão tomando medidas legais contra as mesmas associações comerciais, para proibir atividades que impedem a livre concorrência. É um verdadeiro caos!

Temos um sistema oficial de pesquisa médica incapaz de fornecer qualquer resultado significativo e totalmente incapaz de combater as doenças fatais mais importantes. Ele consome, anualmente, bilhões de dólares dos nossos impostos para realizar pesquisas que não têm sentido e para amplas campanhas que procuram convencer o público de que os impostos são bem gastos.

A guerra do câncer, mal direcionada e desorganizada, e a pesquisa da AIDS consomem bilhões de dólares. Há mais pessoas vivendo da AIDS e do câncer do que pessoas morrendo dessas doenças - mas nenhuma delas consegue produzir qualquer diminuição nos coeficientes de mortalidade por essas doenças.

Os resultados reais obtidos em pesquisas de câncer e AIDS vêm inteiramente do setor privado e são financiados com recursos dos próprios pesquisadores. O sistema de pesquisa oficial gasta mais em relações públicas do que em pesquisa de saúde pública. E uma parcela da pesquisa de saúde pública até consegue suprimir medidas de saúde pública, ao invés de promovê-las.
Tudo isso é o resultado direto do controle da indústria sobre o sistema de saúde e suas instituições.
A rede hospitalar foi o primeiro componente do sistema de saúde a entrar em colapso e é rapidamente substituída por empresas que pouco se preocupam com a saúde pública. Precisamos de hospitais, mas não na quantidade em que foram construídos. O excesso de hospitais gerais, principalmente em áreas urbanas, é assustador e sem precedentes nos Estados Unidos. Mais de 50% das internações feitas durante a última década foram desnecessárias. Ocorreram por conveniência dos médicos ou porque as companhias de seguro-saúde pagavam pelas intervenções realizadas nos hospitais, mas não por intervenções semelhantes realizadas no consultório médico.

A utilização abusiva do hospital geral contribuiu muito para a elevação dos custos e para a construção exagerada de unidades hospitalares. O tratamento da doença em fase terminal, no hospital geral, é bem mais lucrativo para o médico (e para o hospital) do que a detecção precoce e a prevenção da doença. Isso levou os médicos alopatas a se dedicarem principalmente à intervenção em casos de crise e aos doentes terminais, mostrando pouco interesse pelos cuidados preventivos. Na realidade, o tratamento dos doentes terminais produz um impacto muito pequeno na saúde e, sendo alopático, pode ter o efeito indesejado de até prolongar o sofrimento. Tudo isso é agravado porque a profissão médica luta para manter seu domínio sobre os cuidados de saúde e se opõe a qualquer sistema capaz de produzir um impacto positivo na saúde pública.

A obstetrícia tem o exemplo mais espalhafatoso da comercialização da medicina. A gravidez, como se sabe, é um processo feminino normal e natural, não uma doença. Por milênios, mulheres cuidaram de outras mulheres durante o parto e em 97% das vezes foram muito bem-sucedidas.

No final do século dezenove, começou a “medicalização” da gravidez nos Estados Unidos e as parteiras foram expulsas do cenário. Conseguiram convencer a esmagadora maioria das mulheres americanas de que o único lugar para se ter um bebê é o hospital local. Na hora do parto, são admitidas ao hospital, confinadas, de costas, a um leito, presas a um monitor fetal e depois alertadas de que precisam de uma cesárea.

Isso foi longe demais e as feministas começaram uma rebelião social contra o que chamam de imperícia médica masculina. Começaram a ressuscitar o parto domiciliar e o trabalho das parteiras. Um número crescente de mulheres está descobrindo que os hospitais não são lugares particularmente seguros para se ter o bebê; estão indo para casas de parto independentes ou tendo o bebê em casa.

Os comerciantes do coração são de duas variedades. Temos cirurgiões que, à mais leve indicação de respiração curta ou dor no peito, procuram implantar ponte tríplice de safena. E temos os distribuidores de medicamentos tão letais quanto os ataques cardíacos que devem adiar ou prevenir. Houve grande confusão quando foi divulgada a pesquisa provando que as pontes de safena são ineficazes para a maioria das pessoas com oclusão coronária - e quando os repórteres de TV denunciaram os medicamentos que podem causar a morte como efeito colateral.
Ambos os grupos procuram convencer todo mundo de que a quelação com EDTA - um tratamento preventivo eficaz e econômico para a oclusão coronária - é charlatanismo. Oferecem conselhos nutricionais absurdos a respeito de colesterol e dietas, recomendações muitas vezes conflitantes, imprecisas ou até mesmo prejudiciais a saúde.

Também no tratamento do câncer, o público está acordando e percebendo o que está acontecendo. Os doentes foram cortados, queimados e envenenados até que, de repente, o Conselho Nacional de Pesquisas publicou um grande livro informando à nação que dietas e nutrição - sempre caracterizadas como charlatanismo - eram, na realidade, boas para prevenir o câncer.
Enquanto os repórteres da NBC, CBS, CNN e ABC lêem o "New England Journal of Medicine", "Surgey", "JAMA" e "Internal Medicine" mais avidamente que os professores nas escolas de medicina, não há muitos sorrisos nos conselhos de medicina. Aqueles que não estão lendo um novo livro a respeito de como mudar para a medicina holística estão desorientados, escrevendo cartas para os médicos da TV e perguntando seriamente: "Por que o público nos odeia tanto?"
Diabos, eles estão errados, ninguém os odeia. A América sempre amou os vendedores de óleo de cobra. O médico alopata do século vinte será venerado em nosso folclore junto com Jesse James, Billy the Kid, Bonnie e Clyde como heróis do povo americano, que roubaram a todos e fizeram com que gostássemos disso.

Eles foram grandes. Venderam para todos a medicina moderna alopática durante mais de meio século antes que qualquer um de nós acordasse. Você simplesmente tem que admirar pessoas que conseguem enganar assim por tanto tempo, tirando, com aparência de santos, bilhões do bolso do público. Está tudo dentro da melhor tradição da livre iniciativa, não é mesmo?

Vamos observar, pela última vez, o gênio alopata do século vinte enquanto ele desaparece no pôr-do-sol. Provavelmente não veremos uma imagem semelhante novamente, e o que o substituir nunca será tão colorido; sessenta bilhões de dólares para a pesquisa do câncer sem uma única cura - ora, isso é fantástico! E vinte bilhões por ano para as pontes de safena - puxa, eles foram os campeões!







Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas
voltados para o bem-estar e qualidade de vida.

Visite seu Site no STUM
http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=2886 

Email: mctrucom@docelimao.com.br

sábado, 27 de agosto de 2011

Assad: “Não se pode dizer a um povo que aceite a colonização”

De como os cretinos tabem querem desestabilizar a Síria para continuar a sanha assassina  do latrocinio de todas as nações do planeta
a serviço dos Mega Agiotas Internacionais

“Para alcançar seus objetivos em nossa região, eles citam sempre os direitos humanos, mas quem são os responsáveis pelo resultado das guerras, pelas crianças órfãs, pela gente pobre, e a Líbia, o Iraque?”, afirma o presidente da Síria, Bashar al Assad, em entrevista transmitida pela Telesur

"Não se pode dizer a um povo que ele tem que aceitar a colonização, não se pode dizer a um povo que resiste, que abandone seus princípios, isso só se diz a um povo ajoelhado, submisso”, afirmou o presidente da Síria, Bashar al Assad, em entrevista realizada pela televisão estatal síria no domingo, e transmitida pela Telesur. A Síria tem enfrentado grupos terroristas patrocinados pelos Estados Unidos e Europa na tentativa de desestabilizar o governo de Assad, que defende com firmeza suas posições em defesa dos direitos do povo palestino, da retomada das Colinas de Golã, hoje ocupadas por Israel, e sua relação soberana com a Resistência no Líbano.

“Eles falam em direitos humanos. Se queremos falar somente sobre essa posição falsa que eles utilizam sempre para alcançar seus objetivos em nossa região, os direitos humanos, vamos olhar para os últimos anos, para a história recente, e o que vemos é o Afeganistão, o Iraque, a Líbia... Quem é o responsável pela tragédia que está acontecendo na Líbia, quem é o responsável pelas vítimas que caem nessa região? Quem é o responsável pelo resultado das guerras, pelos feridos, pelas crianças órfãs, pela gente pobre?”

Referindo-se às reformas que estão sendo empreendidas no país, recebidas negativamente pelo Ocidente, o presidente diz: “para eles, a reforma não é o objetivo”. “Não querem que façamos reformas, eles querem que o país seja retrógrado, que volte ao passado. Aqueles que nos criticam, os países colonizadores, nunca estão satisfeitos com nosso comportamento, o que querem é que abandonemos a nossa soberania, a nossa resistência, os nossos direitos, não querem que lutemos contra nossos inimigos, esse tem sido o comportamento constante por parte deles”.

“Daí que nossa relação com esses países é uma luta pela soberania, e a causa é a situação geográfica e estratégica da Síria. É um tema que não começou agora. Sempre insistiram em intervir em nossos assuntos internos e nós sempre insistimos que a Síria é intocável, não se mexe na sua independência, na sua soberania”.
Para o presidente, o país no momento está entrando numa fase em que o mais importante agora não é somente a questão da segurança, “mas a consciência do povo sírio, que está salvando o país”.

“Agora a situação está evoluindo, e podemos dizer que tivemos uma pequena melhora. Tivemos alguns sucessos, que não podemos mencionar por questões de segurança”.

“A situação da Síria é de solução política, mas quando há uma situação de segurança temos que enfrentá-la para salvaguardar as instituições, temos que conservar a paz interna com a ajuda dos mecanismos de segurança. Para ser claro, na Síria a solução é política, mas esta solução não pode acontecer sem conservarmos a paz interna”.

O presidente falou sobre o chamamento ao diálogo que está ocorrendo no país para a discussão das reformas e da Constituição. "Vamos passar a uma etapa de transição. Queremos ir aos Estados, queremos discutir as questões dos trabalhadores, dos partidos, questões que têm que amadurecer. Este diálogo interno é necessário. É normal que haja uma revisão geral de toda a Constituição com todos os seus artigos, sobre todos os pontos políticos”.

Perguntado sobre se o país terá eleições próximas, Bashar al Assad explicou que nos próximos dias serão definidos os nomes para o comitê encarregado de revisar a Lei dos Partidos Políticos e a Lei da Direção Interna, que legislam sobre as eleições.

“Tudo depende da nova lei e também da transparência que tem que aportar essa lei. Essa lei depende do eleitor. Será que vamos seguir com a forma antiga, ou vamos falar de coisas novas, de aspirações novas do eleitor? De agora em diante, qualquer um que queira formar um partido político tem o direito de fazê-lo, de acordo com a nova lei. Quando esta lei for promulgada, nos próximos dias, dentro de três meses podemos ter eleições internas, depois a revisão da Constituinte, num prazo de três a seis meses. O objetivo é dar oportunidade para que os novos partidos possam participar das eleições parlamentares, que devem acontecer em fevereiro do ano que vem. Com isso podemos terminar com a etapa das reformas nacionais”.

“Para mim, o mais importante é como podemos impulsionar os jovens para defenderem as instituições do Estado. O que temos visto nas conversas com os jovens nos últimos dias é que existe um grande sentimento e um grande medo de que sejam marginalizados. A juventude tem o poder, tem a energia, então queremos dar a esses jovens o seu papel na sociedade, levá-los em conta, esse é um ponto muito importante”.

Quanto a pressão econômica exercida pelos Estados Unidos, o presidente diz: “Quando se fala em bloqueios recentes, eu digo que sempre tivemos bloqueio por parte dele e seus aliados. Não há dúvida que este pode ter influência sobre nossa economia, mas nos últimos meses nossa situação econômica tem evoluído e está melhor do que antes, incluindo o turismo, que é muito importante para a Síria”.

“Quando eles começaram com o bloqueio em 2005, a situação era uma, mas agora o cenário mundial está aberto, há muitas outras possibilidades, eles não são os únicos. Temos desenvolvimento interno, podemos cobrir nossas necessidades, a posição da Síria também é necessária para a economia da região. Se nossa economia falha, isso também vai se refletir nos países da região, então não temos que temer, temos que ter ânimo porque isso não vai nos quebrar. Temos que manter nosso intercâmbio comercial de maneira normal e natural”.

“A Síria sempre saiu fortalecida depois de cada crise. Temos uma civilização de cinco mil anos, desde antes das escrituras, somos os mais antigos. Este povo, em todas as suas etapas, tem adquirido fortaleza, não podemos cair, nada pode nos derrubar. Então, o mais natural agora é que nos sintamos mais tranquilos, porque eu me apoio neste povo que sempre saiu mais forte de todas as crises e de todos os conflitos".

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

EUA/Otan lançaram 7.500 ataques aéreos para derrubar governo líbio

(Alegam combater uma Ditadura e instalam um poder na força onde não
há eleição nenhuma e cujo voto é o sangue dos inocentes, onde capachos serviçais entragarão todas as riquezas da nação a corporações Sionistas cujo único interesse é o controle total do planeta instalando o governo único do Anti- Cristo)

O que Sarkozy chama de reunião para discutir o “futuro da Líbia” é só a partilha do petróleo do povo líbio, já decidido em Washington, e que o colaboracionista quer aprovar como farsa em Paris

Opresidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou a convocação de uma “conferência” sobre o “futuro da Líbia” no dia 1º de setembro, em Paris – e citou o Brasil, além da Rússia, China e Índia (isto é, o grupo dos BRICs) como “países convidados”.

A França, país de gloriosas tradições, tem também outras que não são assim tão gloriosas: entre as últimas está a de ter presidentes – o general De Gaulle à parte – perfeitamente medíocres, alguns, até mesmo, traidores do seu próprio país.

Sarkozy fez seu anúncio depois de reunir-se com um certo Mahmoud Jibril, um agente notório da CIA, com pós-graduação e longos anos nos EUA, mais conhecido na Líbia pelas privatizações e “desregulamentações” que promoveu durante o tempo em que fez parte do governo – se algo poder-se-ia reprovar a Kadafi e seus companheiros foi a excessiva tolerância com certos elementos.

COLABORACIONISTA

Jibril é o candidato dos EUA a ditador-fantoche na Líbia. Que Sarkozy seja um colaboracionista dos EUA contra os interesses da própria França, faz parte do seu perfil – não fez outra coisa na vida, senão seguir o caminho dos Laval e Pétain.

Assim, eles pretendem que o “futuro da Líbia” - isto é, a partilha do petróleo do povo líbio - seja decidido em Paris, referendando o já decidido em Washington, e querem nos tanger a apoiar semelhante lição de democracia. Houve época em que Paris valia uma missa. Com Sarkozy, vale uma farsa.

Os nazistas pretenderam decidir o destino da Tchecoslováquia em Munique. No entanto, lá não foi decidido apenas o destino - aliás, bem temporário – desse pequeno país eslavo, mas, sobretudo, o da própria França, que pagou muito caro pela colaboração de Daladier com Hitler.

Com a Otan reconhecendo à CNN – nesse caso, insuspeita – que a agressão terrestre a Trípoli é feita por “tropas especiais” do “Reino Unido, França, Jordânia e Catar” (citadas nessa ordem), não é possível ignorar que aqueles marginais que aparecem na TV depois que a aviação dos EUA e satélites destruíram bairros inteiros da cidade são apenas isso mesmo – alguns vagabundos, rufiões, ladrões e assassinos, contratados para a figuração de que existiria algo “líbio” nessa agressão a um governo legítimo, eleito e constituído de acordo com leis nacionais. Essa é a “base” - a única – de Jibril, dos EUA e de Sarkozy na Líbia.

Dificilmente houve uma malta de desclassificados como esta, que assassinou até o seu suposto comandante, Younis, que tortura nas ruas de Misrata, desfigura cadáveres que são jogados nas praças, saqueia a casa da filha de Kadafi - e tira fotos exibindo o roubo -, invade, pilha e ateia fogo às embaixadas da Argélia, Bulgária, Coreia, e ataca as casas dos embaixadores da Venezuela e da China.

É a essa ralé que o porta-voz do Itamaraty, Tovar Nunes, se referiu ao declarar que “com mais democracia, haverá mais diálogo e isso levará a um relacionamento mais aprofundado”. Cada um pode desejar a “democracia” que prefere, assim como os seus parceiros de “diálogo” e, até, com quem ter um “relacionamento mais aprofun-dado”. Mas o Brasil não tem nada a ver com esses desejos pervertidos.

No entanto, o sr. Patriota lembrou-se, finalmente, dos interesses do Brasil na Líbia – não, infelizmente, da autodeterminação dos povos, centro de nossa diplomacia desde Rio Branco, há 109 anos, mas dos interesses mais imediatos, o que já é alguma coisa.

O Brasil tem mais de US$ 5 bilhões na Líbia, com empresas que vão da Petrobrás até a Andrade Gutierrez e Norberto Odebrecht, financiadas inteiramente pelo governo líbio. Nossas exportações para o país de Kadafi, em relação ao ano anterior, aumentaram 77,04% em 2003; 121,47% em 2004; 83,14% em 2005; 56,25% em 2008; e 122,85% em 2010 (cf. MDIC, Secex, “Intercâmbio comercial brasileiro – Líbia”, 04/07/2011).

Evidentemente, nossas relações com a Líbia, estabelecidas pelo presidente Lula no início de seu primeiro mandato, jamais foram do agrado de Washington. Agora, através de seu boy europeu, Sarkozy, claramente nos chantageiam – ou aderimos de mala e cuia aos bandidos que os EUA pagam na Líbia ou nossos interesses econômicos serão, para usar uma palavra suavíssima, prejudicados.

Mas é significativo que, apesar de berrarem vitória pelas suas Tvs e jornais – a tralha mais repugnantemente servil que já houve – queiram nos chantagear para que nós apoiemos os seus esbirros. Se estão vitoriosos, para que precisam do nosso apoio, ou dos outros BRICs?

Antes de tudo, porque essa vitória está na sua mídia, e não na realidade (v. o discurso de Muammar Kadafi nesta página).

O que estão fazendo é destruir o que os líbios construíram durante 42 anos, exatamente porque não conseguem submeter o povo líbio. Os bombardeios sobre civis em Trípoli e outras cidades só se diferenciam dos de Hitler na Holanda, Bélgica, França, Inglaterra e URSS porque são muito maiores, muito mais intensos, muito mais covardes e muito mais criminosos.


ARRUAÇAS

O povo líbio percebe, como disse o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt - repetindo uma frase de Emiliano Zapata - que é melhor morrer de pé do que viver ajoelhado. As “tropas especiais” estrangeiras desembarcaram em cima de escombros, os mesmos em que os marginais promovem sua arruaça.

Segundo a Otan, até o dia 22 de agosto, houve 19.877 operações aéreas sobre a Líbia, com 7.505 bombardeios - sobre hospitais, mercados públicos, TVs, rádios, estradas, aeroportos e, sobretudo, residências. Somente sobre Bab El Azzizia – apelidada pela mídia de “QG de Kadafi” - foram 64 bombardeios.

Diante disso, o norte-americano Stephen Lendman lembrou que em Nuremberg houve quem foi enforcado por menos. Com efeito, Goering era amador, perto dos mandantes e executores dos crimes atuais.

Mussolini assassinou metade da população da Líbia, em revolta contra a invasão fascista, inclusive o herói da resistência, Omar Mukhtar. Nem por isso conseguiu submeter os líbios. Mas é inútil esperar que o imperialismo aprenda alguma coisa com a História. Por isso mesmo, ele está condenado a tentar repeti-la - até o seu próprio fim.




 NATHANIEL BRAIA


Sarkozy intima BRICS: quem quiser saquear Líbia tem que apoiar Otan e mercenários já

Otan registra mais de 7.500 ataques aéreos para derrubar governo
(É o que os hipócritas chamam de Democracia.... só se for do Demo)

Sarkozy fez seu anúncio depois de reunir-se com um certo Mahmoud Jibril, um agente notório da CIA, com pós-graduação e longos anos nos EUA. Jibril é o candidato dos EUA a ditador-fantoche na Líbia. Que Sarkozy seja um colaboracionista dos EUA contra os interesses da própria França, faz parte do seu perfil – não fez outra coisa na vida, senão seguir o caminho dos Laval e Pétain. Assim, eles pretendem que o “futuro da Líbia” - isto é, a partilha do petróleo do povo líbio - seja decidido em Paris, referendando o já decidido em Washington, e querem nos tanger a apoiar semelhante lição de democracia.


Mussa Ibrahim, porta-voz do governo líbio:

“Mercenários só entraram em Trípoli sob cobertura dos helicópteros da Otan"

 Mussa Ibrahim, porta-voz do governo líbio declarou na quarta-feira que a “A Líbia vai se tornar a cada dia mais um vulcão. Acabam de chegar mais 6 mil voluntários a Trípoli e já combatem nas ruas da cidade”. O porta-voz enfatizou que “os ratos entraram em Trípoli sob a cobertura dos helicópteros da Otan” mas que, mesmo assim, “mais de 80% da cidade já está liberado”. “Saúdo todas as tribos que vieram para proteger a capital”, acrescentou Ibrahim.

 O porta-voz denunciou que os mercenários “não conseguiram entrar em Bab el Aziziya [complexo militar em Trípoli] foi preciso a Otan bombardear 64 vezes para reduzir o quartel a escombros. Nós saímos de lá por agora não representa mais nada a não ser pela dignidade histórica do local.

 Ibrahim disse que “os ratos não conseguem representar nada porque estão sob a cobertura da Otan, e nós vamos fazer o inferno desabar sobre eles, eles não mais pertencem ao povo líbio, eles roubaram suas casas, mataram pessoas inocentes. Tentaram deixar Trípoli sem luz, sem água,; procuram destruir Trípoli para abrir o caminho para a entrada das empresas de seus amos”.

 E mais: “Enquanto os ratos começam a perder o fôlego e seguem pedindo apoio à Otan, os líderes das tribos declararam a Jihad (Guerra Sagrada) sobre eles. Hoje capturamos 4 elementos do Qatar, um dos Emirados, muitos outros estrangeiros já estão nas prisões de nosso exército. Os mercenários também foram atacados em Ayen Zara por tropa comandada por Khamis Kadafi, que os matou em combate”.

 O porta-voz denunciou que a “embaixada da Argélia foi incendiada. Conclamamos todas as organizações do mundo a rejeitaram estas gangs e a não aceitá-las como representantes do povo líbio. Brega e outras cidades estão livres, a batalha se dá em Trípoli. Após vencermos aí, vamos libertar toda a Líbia. A tarefa vai ficando mais fácil uma vez que seus chefes estão tombando”.

 “A Otan bombardeou a TV Líbia e bombardeou rádios mas nós sabemos que estamos combatendo o pior inimigo do mundo, mas nossa moral vem do Islã, somos duros combatentes”, finalizou Mussa Ibrahim.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Os Satanicos interesses da OTAN

Cartunista e ativista Carlos Latuff


Abaixo um excelente texto escrito por Altamiro Borges do "Blog do Miro". É realmente uma pena que a maioria das pessoas prefiram acreditar na mídia vendida/colonizada do que fazerem suas próprias pesquisas na internet. Está mais do que claro que esta guerra não tem como favorecido o povo líbio, a charge acima resume bem os interesse por detrás do apoio internacional/EUA.


Por Altamiro Borges

A mídia colonizada está em festa. A vinheta do Jornal das Dez, da Globo News, comemora “o fim da era Kadafi”. Merval Pereira, que mais parece um porta-voz do império, ataca o “ditador líbio” e, de quebra, a política externa do atual governo. O colunista da TV Globo preferia quando o chanceler de FHC tirava os sapatinhos nos aeroportos dos EUA e prometia apoio à invasão do Iraque.

Na imprensa mundial, a queda de Kadafi também parece próxima. Os “rebeldes” – a mídia evita realçar os bombardeios da Otan – já teriam ocupado parte de Trípoli. Barack Obama, o embusteiro que prometeu reduzir a ação belicista dos EUA, encurtou suas férias para comemorar o desfecho do ataque. “O regime de Kadafi está acabado e futuro da Líbia pertence ao povo”. Que povo?

Capitalistas estão excitados

Na Europa em frangalhos, o francês Nicolas Sarkozy e o britânico David Cameron anunciam uma reunião em Paris para discutir a agenda da “reconstrução” do país devastado. Cerca de 20 bilhões de euros do governo líbio, congelados em bancos da Inglaterra e Alemanha, seriam liberados para as obras, que teriam a participação das poderosas empreiteiras francesas e britânicas.

O mundo capitalista em crise está excitado. As bolsas de valores dos EUA e da Europa subiram, com seus pregões sendo puxados pelas ações das empresas de petróleo e gás. Segundo o Estadão, o clima de entusiasmo também atiça os rentistas brasileiros. “Os investidores estão otimistas quanto à possibilidade do fim dos conflitos da Líbia, que interromperam as exportações de petróleo”.

As reviravoltas de Kadafi

Com aponta Saul Leblon, da Carta Maior, o mundo capitalista pouco se importa com os 1.700 líbios mortos nas primeiras horas de combate em Trípoli. A tal “intervenção humanitária” da Otan, repetida milhões de vezes pela mídia, é conversa para enganar os trouxas. O que está em jogo na Líbia são suas riquezas, principalmente o petróleo. Kadafi virou um estorvo. Por isso, ele deve cair!

Kadafi já foi considerado vilão, aliado do bloco soviético e inimigo do “livre mercado” e da “democracia liberal” – principalmente quando estatizou o petróleo do país. Depois, acuado com o fim da URSS, ele renegou o seu passado nacionalista, virou amigo das potências imperialistas, tirou fotos com os “líderes ocidentais” e assinou estranhos contratos com as multinacionais.

“Rebeldes” sem povo

A recente revolta no mundo árabe, que derrubou vários carrascos aliados das nações imperialistas – que nunca foram rotulados de ditadores pela mídia colonizada – mudou a geopolítica da região e abalou os interesses das corporações. Era preciso derrubar, também, Kadafi. Afinal, ele nunca foi visto com bons olhos pela burguesia internacional.

Mas, diferentemente das outras nações árabes, onde multidões ocuparam as ruas na luta por democracia, na Líbia não ocorreram protestos massivos. A única forma de derrubar Kadafi, o vilão que virou amigo e, depois, virou novamente ditador, era fomentar os “rebeldes”, armá-los e, principalmente, ajudá-los com os bombardeios da Otan. Do contrário, os “rebeldes” seriam derrotados.

O petróleo é o “troféu” das guerras

Na tragédia da Líbia, não há santos. O que está em jogo, é bom enfatizar, é o petróleo. Como apontou Michel Chossudovsky, num excelente estudo sobre o país, “a Líbia está entre as maiores economias petrolíferas do mundo, com aproximadamente 3,5% das reservas globais de petróleo, mais do dobro daquelas dos EUA... O petróleo é o ‘troféu’ das guerras conduzidas pelos EUA-Otan”.

“A ‘Operação Líbia’ faz parte de uma agenda militar mais vasta no Médio Oriente e Ásia Central, que consiste em ganhar controle sobre mais de 60% das reservas mundiais de petróleo e gás natural, incluindo as rotas de oleodutos e gasodutos”. Com 46,5 mil milhões de barris de reservas provadas (dez vezes as do Egito), a Líbia é a maior economia petrolífera do continente africano.

Privatizar a indústria petrolífera

Para Chossudovsky, a “ação humanitária” da Otan na Líbia serve “aos mesmos interesses corporativos” da invasão do Iraque, em 2003. “O objetivo é tomar posse das reservas de petróleo, desestatizar a National Oil Corporation (NOC) e, finalmente, privatizar a indústria petrolífera do país, transferindo o controle e a propriedade da riqueza petrolífera para mãos estrangeiras”.

A estatal NOC está classificada entre as 25 maiores 100 companhias de petróleo do mundo. “O petróleo líbio é uma mina de ouro para os gigantes petrolíferos anglo-americanos. Embora o valor de mercado do petróleo bruto esteja atualmente pouco acima dos 100 dólares por barril, o custo do petróleo líbio é extremamente baixo”.

China e os objetivos geopolíticos

Além disto, a operação militar da Otan tem objetivos geopolíticos que pouco aparecem nos noticiários da mídia imperial. “Onze por cento das exportações de petróleo líbias são canalizadas para a China... A presença chinesa na África do Norte é considerada por Washington como uma intrusão... A campanha militar contra a Líbia pretende excluir a China desta região”.

Estas razões é que explicam a violência dos bombardeios da aliança militar dos países capitalistas – a Otan. Como alerta o escritor Michael Collon, o resto é pura manipulação midiática. “O problema é eles falam em ‘guerra humanitária’ e que gente de esquerda se deixa enganar. Seria melhor que lessem o que pensam os verdadeiros líderes dos EUA ao invés de olharem e assistirem a TV?”.

A “ingenuidade” dos cúmplices

“Escutem, a propósito dos bombardeios contra o Iraque, o célebre Alan Greenspan, durante muito tempo diretor da Reserva Federal dos EUA. Ele escreveu em suas memórias: ‘Sinto-me triste quando vejo que é politicamente incorreto reconhecer o que todo mundo sabe: a guerra no Iraque foi exclusivamente pelo petróleo’”. Collon critica a “ingenuidade” de certos setores da esquerda, que não aprenderam “nada sobre as falsidades humanitárias transmitidas pela mídia nas guerras precedentes”.

E cita o discurso de Obama para justificar os ataques à Líbia: “Conscientes dos riscos e das despesas da atividade militar, somos reticentes ao empregar a força para resolver os numerosos desafios do mundo. Mas quando os nossos interesses e valores estão em jogo, temos a responsabilidade de agir. Vistos os custos e riscos da intervenção, temos que calcular nossos interesses ante a necessidade de uma ação. A América tem um grande interesse estratégico em impedir que Kadafi derrote a oposição’”.

Texto original aqui.
http://altamiroborges.blogspot.com/


9 de Agosto de 2010 - 21h37
Otan, uma máquina de guerra global em movimento
(A serviço do Anti Cristo)

Quando a Otan comemora o 60º aniversário, os seus mentores propagandeiam suas indiscutíveis virtudes e necessário futuro para bem de “o mundo livre”. Recordemos a história da sua fundação e dos seus passados feitos políticos e bélicos. Braço armado do imperialismo, com este partilha agressivas iniquidades e desígnios – e o mesmo destino final.

 Por Rui Namorado Rosa*


 A ideia e origem da Otan

 A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) é uma aliança militar criada sob liderança norte-americana em 1949 para defender o Ocidente da União Soviética.

 Tal como foi delineado no Tratado de Washington de 1949, “salvaguardar a liberdade e a segurança de todos os seus membros” aparentou ser o objetivo primordial da Otan durante a Guerra-fria. Quando as democracias ocidentais enfrentaram o que viam como uma ameaça da União Soviética por recearem a influência da ideologia comunista, a missão da Otan era combater essa influência e impedir um propalado eventual ataque da União Soviética e, mais tarde, do Pacto de Varsóvia constituído a Leste.

 O âmbito da Otan era a defesa coletiva, expressa no Artigo 5º do Tratado de Washington, que estipula que a Otan deve considerar um ataque a um dos seus membros como um ataque a todos eles. Desde a sua origem em 1949 com 12 países (Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Islândia, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos), a Otan reconheceu a Grécia e a Turquia como membros em 1952, a Republica Federal da Alemanha em 1955 e a Espanha em 1982. É hoje composta por 17 países europeus, os EUA e o Canadá, e celebrou o seu 60º aniversário em Abril realizando uma cimeira de alto nível em Estrasburgo (sede do Parlamento Europeu) uma oportunidade para reafirmar e testar a base de apoio de que dispõe neste continente.

 Historicamente, os EUA forneceram a maior parte dos fundos econômicos, tropas e armas à Otan e dominaram o processo de tomada de decisões da aliança.

 O colapso da União Soviética e das democracias populares da Europa de Leste e a abolição do Pacto de Varsóvia invalidaram a razão de ser original da Otan e despoletaram a procura de uma nova abordagem à política de defesa e segurança do Ocidente. Não se considerou a completa abolição da Otan. Ao invés, novos objetivos foram propostos, que consistiam em torná-la numa agência política que consolidasse as democracias de toda a Europa, incluindo as do Leste e a própria Rússia.

                             A Otan redefine o seu conceito e redistribui as suas forças

Depois da dissolução da União Soviética em 1991, a existência da Otan foi colocada em questão, mas um novo Conceito Estratégico foi formulado e imposto nesse mesmo ano. A Otan não mais era necessária para defender a Europa Ocidental de uma ameaça pouco provável da Rússia, econômica e politicamente debilitada, e seus antigos aliados. Entre debates sobre o futuro propósito da Otan, a sobrevivência institucional impôs-se porque a natureza militar da aliança se baseava num mais profundo entendimento ideológico da necessidade de proteger os interesses políticos da elite da classe dominante e da maior potência político-econômica capitalista e seus interesses oligárquicos. Os estados membros haviam investido muito e habituado aos procedimentos operativos da aliança e decidiram prosseguir nos mesmos objetivos.

 Desde o final dos anos 1990, os líderes da Otan procuraram tornar a aliança mais relevante na situação do pós-guerra fria através de quatro processos e objetivos chave inter-relacionados, nomeadamente:

 – Acordo quanto a um novo Conceito Estratégico em 1999;
 – Missões para gestão de situações de crise nos Balcãs;
 Construir a segurança através de parcerias, como a Partnership for Peace, o Euro-Atlantic Partnership Council e o Conselho Otan-Rússia;
 – O alargamento da Otan para o Leste.

 Num encontro do Conselho do Atlântico Norte em Dezembro de 1998, o Secretário de Estado apresentou propostas norte-americanas para a nova missão da aliança, de acordo com a qual a Otan deveria não só manter a capacidade de defender os estados membros, mas também aumentar o seu raio de ação para combater ameaças de armas de destruição massiva e impedir a disseminação de violência regional aquém e além das fronteiras da aliança. Diferenças étnicas e religiosas foram apontadas e tornaram-se da noite para o dia, por decreto, causa não apenas de conflito mas muito mais do que isso, ameaça à segurança da aliança ocidental.

 E na realidade ações de manutenção da paz são não apenas receados pelas populações locais quando se revelam agressivas, como requerem experiência que a Otan não tem nesse domínio; o policiamento requer competências de tipo muito diferente das intervenções armadas; e concretamente os países da Otan têm forças para incorporar tropas aliadas que todavia não foram treinadas para funções de prevenção e monitorização. A competência que a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa deveria possuir neste âmbito encontra-se, lamentavelmente, limitada pelo número mínimo de pessoal permanente, pelo que a implementação de missões no terreno é levada a cabo por forças multinacionais recrutadas ad-hoc.

 Fundamentalmente, a intervenção da Otan em ações ditas de manutenção da paz não tem qualquer base no direito internacional; e o alargamento da Otan e a continuada iniciativa unilateral dos EUA no seu âmbito perpetuaram o papel crescente dos EUA na Europa e no mundo.

 O Artigo 42º do Capítulo VII da Carta das Nações Unidas autoriza a intervenção militar apenas “se o Conselho de Segurança considerar que medidas menos drásticas sejam inadequadas ou hajam já provado serem inadequadas”
 Assim sendo, o Tratado de Washington de 1949 obriga as nações da aliança a “absterem-se, nas suas relações internacionais, da ameaça ou uso da força que de qualquer modo se afaste dos objetivos das Nações Unidas.”

 Do mesmo modo, o Conceito Estratégico da Otan de 1991 afirma que o seu objetivo é “salvaguardar a liberdade e segurança de todos os seus membros … de acordo com os princípios da Carta das Nações Unidas.”

 Não se podem invocar os mecanismos de tomada de decisão das Nações Unidas uando o Conselho de Segurança é incapaz de agir eficazmente, nem legitimar uma autoproclamada aliança militar com autoridade para tomar decisões e atuar em questões internacionais à luz do seu próprio julgamento, quando os seus membros estão a defender os próprios “interesses vitais”, substituindo-se às Nações Unidas.

 O grave problema da falta de autoridade da Otan para atuar sem o apoio do Conselho de Segurança das Nações Unidas não está resolvido. O problema com autorizações das Nações Unidas para missões da Otan emergiu em resultado da contradição entre o papel original da Otan e as novas responsabilidades que esta a si mesma se atribuiu. A Otan assinalou a sua intenção de levar a cabo tarefas de segurança coletiva, mesmo fora do território dos seus membros e garante que continuará a atuar “de acordo com os princípios da Carta das Nações Unidas.” Contudo, o governo norte-americano afirma que a aliança deveria poder atuar mesmo quando não é possível obter a autorização formal do Conselho de Segurança das Nações Unidas. É isso que a realidade já confirmou no terreno. O conceito da “coligação de vontades” surgiria e seria apresentado ao mesmo tempo. A frase foi pronunciada por Bill Clinton em Junho de 1994 relativamente a possíveis ações contra a Coreia do Norte, foi aplicada à operação conduzida pela Austrália em Timor-leste e, no seu mais bem conhecido exemplo, à invasão do Iraque liderada pelos norte-americanos em Março de 2003.

 A Declaração da Cimeira de Bucareste (3 de Abril de 2008) proclama, logo no início: “Nós, Chefes de Estado e de Governo dos países membros da Aliança do Atlântico Norte, encontrámo-nos hoje para alargar a nossa Aliança e fortalecer a nossa capacidade de confrontar as actuais e emergentes ameaças à segurança do século XXI. Revimos os progressos significativos que fizemos em anos recentes para mudar a Otan, concordando que este é um processo que tem de continuar.”

                                                           Uma declaração alarmante

 Para além disso, a Otan não apenas agride e esconde informações ao exterior, revela-se também enganadora e secreta para dentro, especialmente no que respeita aos processos de tomada de decisão. Ao longo da história da Otan, quando deputados em parlamentos nacionais colocam questões acerca das decisões da Otan, invariavelmente lhes é dada como resposta que tais decisões são confidenciais. E quando tais questões são colocadas ao secretário-geral, este invariavelmente responde que a Otan é uma aliança de estados soberanos. Nunca houve mecanismos para assegurar a responsabilidade parlamentar dentro da Otan, apesar das revisões do Conceito Estratégico da Aliança.

 A prossecução dos objetivos imperialistas também toma caminhos diplomáticos reservados, procurando o apoio da ONU para procurar a aparência de legalidade. Os EUA, através da Otan, têm de modo ardiloso obtido apoio para as suas intervenções no próprio coração da Europa, nomeadamente nos Balcãs, bem como apoio imediato das Nações Unidas para atacar e ocupar de há sete anos a esta parte o Afeganistão, e mesmo a legitimação formal para entrar no Iraque supostamente para treinar forças de segurança. Mas foi mais longe, ganhando, enquanto tentava contornar procedimentos formais, a assinatura do Secretário-Geral Ban Ki-mum num acordo confidencial com o secretário-geral da Otan Jaap de Hoop Scheffer, assinado a 23 de Setembro de 2008, por meio do qual ambas as entidades afirmam a sua vontade de cooperar no sentido de permitir à Otan atuar militarmente em nome das Nações Unidas. O documento procura atribuir legitimidade a ações passadas e futuras. A Assembleia-geral e o Conselho de Segurança não tinham qualquer conhecimento do acordo, de duvidosa legalidade.

                                                      O controle da Otan sobre a Europa

 Num continente que já não está submetido ao confronto entre super-potências, novos desafios poderiam ser enfrentados pelos 55 membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), a organização europeia de segurança coletiva que inclui todos os países da Europa Ocidental, as antigas repúblicas do bloco soviético, os EUA e o Canadá. A OSCE é especializada em controlo e prevenção de conflitos, redução de armamento e reconciliação pós-conflito.

 Ao contrário da Otan, que requer aprovação unânime de todos os seus membros para as suas ações, a OSCE reserva-se o direito de atuar para além das objeções de um membro responsável por violações graves dos princípios conjuntamente acordados. O fundamental da diferença é que a OSCE é uma organização de segurança coletiva com base territorial, não discriminatória e abrangente. Enquanto, pelo contrário, a Otan só admite filiação seletiva e submissa, para decisões unânimes que preservem a eficácia como aliança militar. A sua intervenção nos assuntos de países não membros sem autorização das Nações Unidas ou da OSCE não tem de todo o fundamento legal de uma organização de segurança coletiva.

 O papel recente da Otan na Europa está assinalado pela guerra nos Balcãs, um processo de desmantelamento pela força da República Federal da Jugoslávia. A Otan entrou em campo em 1993 para eventualmente substituir as forças de estabilização das Nações Unidas, desferindo ataques repressivos contra o exército sérvio-bósnio, e as suas tropas instalaram-se no país em Dezembro de 1995 para impor o Acordo de Dayton. Em Junho de 1998 os países da Otan prolongaram o mandato da Força de Estabilização (SFOR) indefinidamente. Em 1999, quando se registraram incidentes separatistas, os acordos de Rambouillet deram cobertura à atuação dos separatistas do Exército de Libertação do Kosovo e abriram caminho para mais uma intervenção da Otan na Jugoslávia, que conduziu ao bombardeamento massivo do Kosovo e de Belgrado.

 No caso do Kosovo, os membros da Otan nem sequer tentaram obter autorização explícita do Conselho de Segurança, receando que o crescente contencioso entre a Otan e a Rússia tornasse qualquer decisão impossível. A aliança procurou e obteve apoio para os seus planos da parte do secretário-geral das Nações Unidas aquando da visita deste à Otan em Janeiro de 1999, para conferir aparência de legalidade, até obter um mandato para o exército de ocupação pela Otan (o KFOR). O KFOR está há quase dez anos instalado na região, com o beneplácito das Nações Unidas. Esse foi o pretexto para os EUA aí instalarem a sua contribuição em espécie – Camp Bondsteel, uma das suas maiores bases militares no estrangeiro.

 A atuação da Otan está envolta em segredo, violando a democracia e os direitos humanos fundamentais.

 Um exemplo de falta de responsabilidade e vergonhoso desprezo pela segurança dos cidadãos é o prolongado atraso na notificação ao governo sérvio do local onde foram lançadas milhares de bombas de fragmentação, durante a campanha aérea no Kosovo em 1999. Infelizmente isto é uma repetição de anteriores atos criminosos, também relacionados com o uso de armas ilegais na antiga República Federal da Jugoslávia.

 A agressão perpetrada nos Balcãs nos anos 1990 destruiu milhares de vidas e muitas infra-estruturas e deixou ameaças ambientais que trouxeram riscos duradouros para a saúde pública na região. A Otan não quis revelar a natureza das armas utilizadas, tornando assim mais graves as consequências tanto para civis como para soldados dos dois lados do conflito. Só depois de pressão persistente e de provas incontornáveis divulgou finalmente que armas foram empregues – munições de urânio empobrecido. O uso de tais armas, com pleno conhecimento das suas consequências devido a 20 anos de testes nos EUA e vários anos de uso na Guerra do Golfo, equivale a um crime premeditado.

 A comunidade internacional acabou por forçar a Otan a reconhecer os fatos e divulgar a informação requerida sobre os locais onde munições de urânio empobrecido e ogivas haviam sido usadas para que estas, ou os seus fragmentos, pudessem ser identificados, recolhidos e eliminados. Devemos lembrar-nos dos muitos inquéritos necessários para forçar a divulgação desta informação:

 Um apelo da Subcomissão para a Prevenção da Discriminação e Proteção das Minorias das Nações Unidas contra a produção e disseminação de todas as armas de destruição massiva e efeito indiscriminado, referindo-se explicitamente às armas com urânio empobrecido (1996);
 Uma resolução da Subcomissão para os Direitos Humanos das Nações Unidas condenando o uso das chamadas armas “convencionais” de destruição massiva, efeito indiscriminado ou que causam danos supérfluos ou sofrimento desnecessário (1997);

 O relatório de avaliação preliminar sobre o uso de urânio empobrecido no Kosovo produzido pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (Outubro de 1999) e
 A investigação levada a cabo pela sua “DU field assessment team” (Grupo de trabalho para a detecção de urânio empobrecido) (Novembro de 2000)”;

 Finalmente, a criação pela Organização Mundial de Saúde, em cooperação com a UNEP (Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e com a IAEA (Agência Internacional para a Energia Atômica) de uma missão no terreno para o levantamento dos fatos na Bósnia Herzegovina, Sérvia e Montenegro (25 de Janeiro de 2001).

 Então, face às provas acumuladas, o Parlamento Europeu dirigiu um apelo aos países membros da Otan para uma moratória sobre o uso de armas com urânio empobrecido e uma recomendação para uma investigação independente sobre a saúde dos soldados e os efeitos duradouros nos locais alvo e sobre as populações civis, e pela reconstrução dos países da antiga Jugoslávia (17 de Janeiro de 2001); e o Conselho da Europa emitiu um apelo pela proibição das armas com urânio empobrecido, pela cooperação da Otan com as Nações Unidas no acompanhamento da saúde pública das populações nos Balcãs, e pela cooperação internacional na recuperação ambiental e reconstrução das infraestruturas destruídas na região (24 Janeiro de 2001).

 A par do alargamento da missão Otan, avançou a expansão da aliança para a Europa Central e de Leste. Na cimeira de Julho de 1997 em Madrid, por insistência dos EUA, a aliança decidiu convidar três antigos países do Pacto de Varsóvia – República Checa, Hungria, e Polônia – para se juntarem à Otan, e bem assim continuar a alargar as suas fronteiras para leste, até que todos os países dispostos e capazes de assumir as obrigações da filiação fossem arregimentados. Apesar da ausência de um propósito explicitamente articulado, ao fazê-lo, os EUA e os membros europeus estabeleceram a Otan como efetiva super-estrutura de “defesa e segurança” na Europa.

 A expansão a Leste juntamente com os ataques e as operações de ocupação nos Balcãs, sob o rótulo de operações de manutenção da paz, tornaram-se nos sinais de marca da aliança.
 Como parte daquele processo, a República Checa, a Hungria e a Polônia foram trazidas para a Otan em Março de 1999, seguidas pela Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia, e Eslovênia, em 2004. Este foi o maior crescimento da história da Otan. A Romênia e a Bulgária deram-se a grandes esforços desde o fim da Guerra-fria para se juntarem tanto à Otan como à União Europeia e, pelo fim de 2006, ambas tinham já assinado acordos para receber quatro bases militares cada.

 O alargamento da aliança a Leste abrandou desde então. Quatro candidatos deveriam ter recebido um calendário para admissão na Cimeira da Otan de Novembro de 2006, em Riga na Letônia (a primeira a realizar-se em território da antiga União Soviética — uma afirmação e prova do poder da Otan e da submissão das nações continentais). Mas apenas na Cimeira de 2008 em Bucareste, a Albânia e a Croácia foram oficialmente convidadas para iniciar conversações com vista à adesão, enquanto três outros países foram prometidos futuros convites: Macedônia, Geórgia, e Ucrânia. Entretanto, a Sérvia, a Bósnia Herzegovina e Montenegro foram convidadas a aderir ao Programa Partnership for Peace da Otan (uma etapa preliminar para trazer um país para o círculo da Otan).

 Estas iniciativas lideradas pelos EUA parecem contrariar um maior protagonismo dos membros europeus da Otan, o que abriria espaço a Washington para colocar as suas forças militares mais além e reduzir a onerosa presença das suas quase 120 000 tropas na Europa.
 Esta opção carrega um preço político: a expansão para antigos países do Pacto de Varsóvia, a continua ênfase na defesa territorial, e o persistente papel dominante dos EUA na Otan incutem a percepção de uma ofensiva imperialista, complicam as relações dos EUA com a Rússia e contribuem para agravar de forma radical o quadro político na Europa Central e de Leste e na Ásia Central.

                                                          A União Europeia e a Otan

A mudança fundamental introduzida pelo Tratado de Amsterdã (assinado pelos estados membros da União Europeia em Outubro de 1997 e em vigor desde 1 de Maio de 1999) foi a adoção de uma política externa e de segurança europeia comum. Javier Solana, secretário-geral da Otan, foi nomeado secretário-geral do Conselho da União Europeia e Alto-representante da política externa comum em Outubro de 1999; e no mesmo ano foi nomeado secretário-geral da União da Europa Ocidental. A CFSP (Common Foreign and Security Policy — Política Externa e de Segurança Comum da União Europeia), foi concebida para a gradual formulação de uma política de defesa comum que conduziria também a uma estrutura de defesa comum.

 A centralização da capacidade de decisão e a militarização da União estavam em processo de aceleração. Como mais uma expressão da arrogância do núcleo duro da União neste sentido, numa cimeira franco-britânica realizada em Saint-Malo em Dezembro de 1998, o Secretário dos Negócios Estrangeiros declarou: “queremos que a União Europeia adquira capacidade de decisão no domínio da política externa e da segurança e precisamos de conjugar isso com a capacidade de reunir poderio militar onde for necessário, por exemplo, na antiga Jugoslávia”.
 O alargamento da União Europeia para a Europa Leste continuou durante os anos 1990 e princípio dos anos 2000, em paralelo com o alargamento da Otan a Leste. O Tratado de Nice (assinado em Fevereiro de 2001, em vigor a partir de Fevereiro de 2003) confirmou o alargamento da União a 27 membros e redistribuiu e concentrou a capacidade de voto dos estados membros, sob a liderança das cinco maiores economias.

 Para efeitos de controlo político dos mercados e de acesso a recursos naturais, a cooperação entre a União Europeia, os EUA e a Otan intensificou-se entretanto. Do mesmo modo, a doutrina da “guerra preventiva” foi incorporada na política de defesa e de segurança europeia. A União requer dos seus membros um permanente esforço de militarização. Foram criadas “forças de intervenção rápida” para intervenção militar em qualquer parte do mundo, em coordenação com a Otan, sob o pretexto de serem “missões humanitárias”, “guerra ao terror” ou “gestão de crise”.

 Em consonância com a Otan e os EUA, foram estabelecidos mecanismos na União Europeia com o objetivo de controlar movimentos populares e também limitar direitos civis e por conseguinte invalidar conquistas sociais históricas ganhas ao longo do último século. A União Europeia vai-se reconfigurando, cada vez mais adotando traços imperialistas e subordinada a um governo federal.

 Na vigência de profunda crise capitalista global, os EUA e a maioria dos governos europeus ocidentais apoiam o alargamento da Otan. Para além de ter sido instrumento do imperialismo no desmembramento da Jugoslávia, a última economia socialista na Europa ao tempo, a Otan ajudou a promover o alargamento da doutrina neo-liberal na Europa de Leste.
 Mas a experimentação capitalista na Europa do Leste e na antiga União Soviética falhou. A economia da Letônia caiu em derrocada, forçando o seu governo a resignar em Fevereiro; a Ucrânia está à beira da bancarrota; etc. Os trabalhadores perdem empregos e os povos perdem serviços sociais e cuidados de saúde que estavam garantidos no passado, sob governos socialistas. Agora não estão, e os governos capitalistas nestes antigos países socialistas deparam-se com taxas elevadas de desemprego, sem meios institucionais para superarem crises sistêmicas, tornados impotentes num mundo perigoso dominado pelo normativo neoliberal e o expansionismo ocidental.

 O mundo vive uma crise de múltiplas dimensões – financeira, econômica, social, energética e alimentar. A Otan, a militarização da União Europeia e as guerras disputadas no Médio Oriente e na Ásia Meridional agravam o alcance das crises estruturais. A Otan é responsável por quase 70% da despesa militar mundial; à medida que esta continua a aumentar (CIA World Fact Book de 2008), aumenta também a probabilidade de ações agressivas.

 No século XX, a corrida aos armamentos e as guerras mundiais não resolveram interesses político-econômicos contraditórios. Nem retificaram as crises de excesso de capacidade produtiva e de produção num mundo em que o acesso aos recursos e a distribuição da riqueza produzida permaneceu ainda extremamente desigual.

                          A presença militar, a ameaça e o governo dos EUA no mundo

Desde o fim da Guerra-fria, os presidentes norte-americanos juntamente com o Pentágono têm trabalhado para expandir e “reconfigurar” a sua enorme rede militar, fazer face a realidades geopolíticas em mudança e acolher “avanços” tecnológicos. A rede de bases vai evoluindo e sendo transformada num complexo de estações, postos avançados, plataformas de distribuição prontos para invasões e intervenções militares em qualquer parte do mundo.
 Em simultâneo, há um desejo crescente de autonomia política e resistência à presença de forças militares estrangeiras. As forças norte-americanas foram convidadas a sair da Arábia Saudita e, em consequência, durante a preparação da invasão do Iraque em 2003, muitas das funções de antigas bases na Arábia Saudita foram deslocadas para o Qatar e o Kuwait. Com a ocupação do Iraque, 110 bases foram estabelecidas no país. Para limitar a sua vulnerabilidade política e militar, o Pentágono tem vindo a consolidá-las em 14 bases massivas da Força Aérea, do Exército e da Marinha.

 Deste modo, um dos principais objetivos militares de Bush-Cheney foi assegurado, nomeadamente, fazer com que algumas bases militares permanentes acolham dezenas de milhar de tropas norte-americanas. O Iraque tornou-se um porta-aviões inatingível no coração do Médio Oriente, perto da bacia do Cáspio. Isto é apenas parte de uma infra-estrutura norte-americana sempre em crescimento que conta cerca de 1000 bases e instalações militares por todo o mundo. Como observou o General Robert Pollman em 2004: “fez muito sentido trocar” as bases norte-americanas na Arábia Saudita por outras novas, para ocupar o Iraque, rico em petróleo, ameaçar o Irão, e providenciar uma plataforma para ataques ao longo do Golfo Pérsico e até à Ásia Meridional.

 Em meados dos anos sessenta, num ato datado de puro colonialismo europeu, todos os 2000 habitantes de Diego Garcia foram retirados à força, pelas autoridades britânicas, da sua terra natal no sul do Oceano Índico para abrir caminho a enormes bases aéreas e navais. As pistas de Diego Garcia, com três quilômetros de comprimento, têm sido desde então usadas para lançar ataques de aviões B-1 e B-52 contra o Iraque e o Afeganistão. Os hangares dos bombardeiros stealth foram renovados para possibilitar ataques contra o Irão; e a base naval está a ser reequipada para servir submarinos que poderão ser usados tanto para ataques com mísseis como para rápida colocação de forças especiais nas costas do Irão e outros estados do Golfo Pérsico.

 A África tem a sua quota-parte de bases, uma vez que a França e a Grã-Bretanha mantêm bases militares dos seus velhos tempos coloniais. Os EUA têm bases no Djibouti e na Argélia, acordos de acesso negociados com Marrocos e o Egipto, e estão a criar uma rede de bases na África subsariana (Camarões, Guiné, Mali, São Tomé, Senegal e Uganda), tendo de debaixo de olho as riquezas minerais do Golfo da Guiné e da bacia do Zaire. Para aumentar ainda mais a presença militar dos EUA em África, o Pentágono criou a AFRICOM, para que todas as actividades militares, diplomáticas e econômicas estejam sob a alçada de um único comando do Pentágono.

 No teatro do Pacífico, Okinawa manteve-se como principal bastião militar norte-americano – mesmo depois de ter revertido ao Japão em 1972. Sessenta anos depois da II Guerra Mundial, quase 45 000 tropas, civis e famílias permanecem lá. Também Guam continua a ser útil como um “território incorporado”. Ao longo da Guerra-fria, bases aéreas e navais ocuparam as melhores terras aráveis da ilha, tomaram conta das fontes de água e zonas piscatórias. A pequena população chamorro mal consegue sobreviver.

 Depois da sublevação não violenta verificada em Okinawa em 1995 que o Pentágono se prepara para retirar de Okinawa e do Japão. Em consequência, Guam está a ser convertida numa grande “plataforma” de distribuição. Grande o suficiente para acomodar aviões B-52 e bombardeiros stealth, a base aérea está a ser alargada para servir como “a mais importante base aérea na região do Pacífico neste século”. Entretanto, mais submarinos atracam no seu porto, e a Marinha está a considerar acolher lá um porta-aviões e também uma força ofensiva.
 Entre os oceanos Índico e Pacífico, à guisa de “Acordo de Força Visitante”, tropas norte-americanas regressaram às Filipinas, distribuídas por bases militares inconstitucionais, alegadamente “temporárias”.

 A Guerra-fria nunca terminou de fato na Europa. Cerca de 380 armas nucleares norte-americanas em sete países europeus e a maioria das 100.000 tropas distribuídas pela Europa Ocidental permanecem. O Pentágono promove a campanha pela instalação de mais “defesas anti-míssil” na República Checa e na Polônia e pelo alargamento da base aérea de Aviano em Itália. De assinalar também que a França e o Reino Unido tenham expressado a sua vontade em investir numa força militar europeia – refletindo a política de defesa oficial da União Europeia.

 O sistema de defesa antimíssil não é senão o começo de um plano mais vasto: um radar de rastreio de mísseis a instalar na República Checa e dez interceptores de mísseis a instalar na Polônia. Porquê? Para alegadamente defender a Europa de mísseis iranianos. A Rússia argumenta que o sistema, uma vez instalado, será alargado até que os mísseis de Moscovo sejam neutralizados, deixando a Rússia vulnerável a primeiros ataques. Em resposta, a Rússia ameaçou tomar essas bases como alvos de armas nucleares.

 Os EUA ultrapassaram os líderes da União Europeia e evitaram o processo de tomada de decisão dos países europeus da Otan. Sondagens de opinião indicam que a maior parte dos checos se opõem à instalação de defesa anti-míssil e são favoráveis a um referendo com vista ao seu bloqueio. A oposição ao armamento “anti-míssil” está a aumentar na praça pública e nos parlamentos por toda a Europa Central. Os objetivos e meios desta perigosa via para a confrontação em solo europeu mobilizam centenas de milhar de europeus para ações de massa incluindo os sindicatos e os movimentos pacifistas.

 A América do Sul e Latina progrediram na construção do seu futuro. No último quarto de século a maior parte das ditaduras foram abolidas, as imposições do Banco Mundial e do FMI foram postas em cheque, acordos de cooperação multilateral foram ensaiados, e a maioria dos países afirmaram os seus desígnios nacionais. Mas ainda persistem questões delicadas.
 Em Manta, na costa do Equador, encontra-se uma das maiores bases militares dos EUA. Esta base desempenha um papel logístico fundamental para os meios aéreos que intervêm no conflito colombiano. Os pilotos das Forças Aéreas Colombiana e Equatoriana têm voado lado a lado em missões conjuntas. O Acordo da Base Aérea de Manta faculta a infra-estrutura à Força Aérea Norte Americana para operações de combate ao narcotráfico como parte do “Plano Colômbia” financiado pelos EUA, plano cujo objetivo é tanto o combate ao narcotráfico como sobretudo às FARC. O contrato de aluguer estipula que “representantes de terceiros atuarão como controladores de voos designados pelo governo dos EUA para facilitar as operações de combate ao narcotráfico.”

 O “Plano Colômbia” é controverso. Por um lado, procede à pulverização aérea de plantações de coca. Por outro, o presente controlo de informação por parte de três governos automaticamente confere ao conflito interno colombiano uma dimensão transnacional. Finalmente, esta presença militar dos EUA é apenas o estribo duma intervenção maior no continente.
 Um esquadrão do Sistema Aéreo de Alerta e Controle está situado ao largo de Manta. Os EUA têm 27 destes aviões (AWACS), cada um no valor de um bilhão de dólares, dos quais três se encontram nesta base norte-americana no Equador, facilitando o controlo de todas as telecomunicações por rádio e radar num raio de 300 quilômetros. A base de Manta compromete a segurança do Equador e o aluguer nunca foi aprovado em sessão parlamentar plenária, como requerido pela constituição. Deste modo, é visto tanto como uma ameaça à estabilidade da região, como inconstitucional. A renovação do aluguer em Novembro de 2009 não é de modo nenhum certa.

 Depois das guerras dos últimos 15 anos no Iraque (1991), na Somália (1992), na Jugoslávia (1995 e 1999), no Afeganistão (2001) e no Iraque (2003), bem como as guerras por delegação contra a República Democrática do Congo (1998), o Líbano, da Geórgia contra a Rússia (2008), e em Gaza, perguntamo-nos o que se seguirá.

 O cenário parece estar preparado para mais agressões e potenciais conflitos regionais. Estes desenvolvimentos militares geoestratégicos combinados com a crise financeira global sugerem um cenário no qual surgirão confrontações entre blocos político-econômicos, um desenvolvimento que povos e governos não deverão tolerar.

                      Confronto de superpotências versus desarmamento nuclear
     
Durante a Guerra-fria, os EUA e a antiga União Soviética detinham-se perante a ameaça da destruição mútua. Contrariando o que parecia uma probabilidade, nem uma dos muitos milhares de ogivas nucleares existentes foi detonada em combate ou ataque de mísseis. Mas confiar na prudência perante o perigo das armas nucleares pode não ser exequível num mundo no qual uma ameaça nuclear se pode multiplicar mais além e mais rapidamente.
 Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas assinaram o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (1968) e os EUA e a Rússia juntos possuem mais de 90% das ogivas nucleares do mundo. Será irrealista esperar que:

 Estes dois países em particular retomem as negociações relativas ao Tratado de Redução de Armas Estratégicas (1991) que expirará em Dezembro de 2009?
 Ou que os EUA ratifiquem o Tratado de Interdição Completa de Ensaios Nucleares?
 Dos 44 membros do “Grupo de Fornecedores Nucleares”, nove, incluindo os EUA e a China, não ratificaram este tratado e, como tal, este ainda não entrou em vigor. Qualquer esforço para erradicar a ameaça nuclear requer a cooperação tanto dos estados com armas nucleares como daqueles que não as têm. Muitos dos países sem armas nucleares deixaram claro que estão dispostos a cooperar apenas se o mundo se afastar do sistema atual de dois pesos e duas medidas. Quer dizer, um pequeno número de países com armas nucleares detêm o controlo através do direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre muitos países sem armas nucleares.

 Entre estes dois pólos está uma visão utópica de um mundo livre de armas nucleares, contrariando a propaganda promovida pela Otan como guardiã omnipresente cujo raio de ação tende a alargar-se cada dia. Esta propaganda foi delineada com lucidez no relatório “Towards a Grand Strategy for an Uncertain World — Renewing Transatlantic Partnership” publicado em 2007 pela Fundação Noaber (Holanda). Da autoria de cinco antigos oficiais, reclama um novo pacto juntando os EUA, a Otan e a União Europeia numa “grande estratégia”. Esta grande estratégia poderia enfrentar com sucesso os desafios de um mundo descrito como cada vez mais perigoso, ameaçado por:
 • Fanatismo Político;
 • Fundamentalismo religioso;
 • Terrorismo internacional;
 • Crime organizado;
 • Proliferação de armas de destruição massiva;
 • Instabilidade potencial e migração maciça provocada pelas alterações climáticas;
 • Insegurança energética;
 • Enfraquecimento do Estado-nação.
 Desigualdade social, instrução, desemprego, pobreza, fome e doença, escassez de recursos naturais, agressões estrangeiras, saque e destruição não são mencionados. Estes generais adoptam uma visão maniqueísta do mundo, do tipo “nós contra eles”, em que uma opção nuclear que permita aniquilar o inimigo de um só golpe é indispensável simplesmente porque “não há nenhuma possibilidade realista de um mundo sem armas nucleares”.
 Num tom diferente, os ministros alemão e norueguês, Frank-Walter Steinmeier e Jonas Gahr Store, num conselho de ministros dos negócios estrangeiros em Bruxelas, em 2007, propuseram que os países da Otan apoiassem o desarmamento, o controlo do armamento e o fim da proliferação nuclear. A iniciativa germano-norueguesa teve uma referência menor na declaração final alcançada em Bucareste em Abril de 2008.
 Dada a enorme superioridade da Otan em armamento convencional e que três dos cinco países reconhecidos como possuidores de armas nucleares são também signatários do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, dir-se-ia que a aliança está numa posição única para trabalhar em favor da mudança. Mas a eliminação de armas nucleares não faz parte da sua agenda. Apesar das mudanças que ocorrem no seio da própria Otan e no resto do mundo, para a Otan os fins justificam os meios. É a própria natureza da Otan que é um obstáculo à segurança e à paz.

                                                 Instabilidade na frente Leste

A região desde o Mar Báltico até o Mar da Arábia, a Europa do Leste e Sudeste, o Próximo e o Médio Oriente, é constituída por várias nações econômicas e políticas sobre as quais a Otan voltou a sua atenção. Depois de sete longos anos no Afeganistão, os EUA propuseram uma conferência internacional a 31 de Março visando mobilizar os seus aliados em busca de uma estratégia para o tempo presente. Este apelo à unidade recebeu fraca resposta.

 Com as suas linhas de abastecimento ameaçadas, a Otan procurou reatar os seus antigos laços de negociação com a Rússia, insensatamente suspensos depois da guerra na Geórgia em 2008. Através do Conselho Otan-Rússia, a Otan espera ganhar o apoio da Rússia para pontes aéreas e rotas para ações de ataque aéreo no Afeganistão (e mais além?). É improvável que o consiga. Também antecipa a aquiescência russa no encaminhamento de abastecimentos via estados da Ásia Central e a manutenção do uso de bases da antiga União Soviética. Como já observamos, tais planos não são sempre bem vindos nos países anfitriões — o Quirguistão fechou recentemente aos Estados Unidos a sua base aérea em Bisqueque.

 O secretário-geral da Otan Jaap de Hoop Scheffer anunciou a disponibilidade dos ministros em retomar conversações numa Cimeira Otan-Rússia na oportunidade mais próxima. “A Rússia é uma potência global. Não dialogar com ela não é uma opção”, disse. Contudo, mantêm-se grandes diferenças com Moscou. A Rússia foi instada a cumprir os seus compromissos para com a Geórgia e a Otan anunciou que uma escalada militar russa em regiões fronteiriças viola a integridade territorial desse país e contraria o acordo de cessar-fogo mediado pela França. Mas, no entanto, a Secretária de Estado Hilary Clinton, embora pressionando pelo reatamento das conversações com a Rússia, afirmou que a porta para a adesão à aliança das ex-repúblicas soviéticas Geórgia e Ucrânia se mantém aberta — o que está em óbvia contradição com a visão da Rússia, e conta com a sua forte oposição.

 Os líderes da União Europeia propõem esta semana um fundo de emergência de 25 mil milhões de dólares para salvar as economias do Leste europeu, severamente atingidas. O fundo será colocado à disposição de países do bloco dos 27 que não integram a zona Euro. A Hungria e a Letônia já receberam 6,5 e 3,1 mil milhões de dólares, respectivamente, deste fundo da União Europeia, parte dum pacote mais vasto apoiado pelo FMI; a Romênia já está em linha para beneficiar desse mesmo fundo.

 O fundo será angariado por meio de obrigações emitidas pela Comissão Europeia e, com a maior parte dos países da Europa de Leste entrando em recessão econômica, esse fundo já foi duplicado. As agendas financeiras da União Europeia e das instituições financeiras internacionais parecem seguir caminhos paralelos. Fundos adicionais deverão via a atenuar as preocupações dos bancos da Europa Central relativamente à estabilidade financeira na Europa de Leste, onde grandes desvalorizações de moedas nacionais aumentaram o risco de incumprimento de empréstimos em moeda estrangeira por parte de vários países.

 A Ucrânia tornou-se num país fundamental no trânsito de hidrocarbonetos por através dela a maior parte do petróleo russo e as importações de gás natural chegam à Europa. A União Europeia mostrou grande preocupação durante a interrupção do abastecimento em 2006 e novamente em Janeiro de 2009 por causa de disputas sobre preços e pagamentos entre a Ucrânia com a Rússia. A dependência europeia face ao gás russo é de interesse estratégico para os EUA, já que influencia as decisões políticas de países europeus, como por exemplo as reservas da Alemanha em apoiar a expansão da Otan para Leste.

 A Ucrânia, que já for a apresentada como exemplo de democracia emergente com uma economia de mercado livre próspera, está a vacilar. O seu dilema, semelhante ao de outras antigas repúblicas soviéticas, constitui também uma ameaça para outras economias europeias. Em Fevereiro, o FMI recusou entregar a sequente prestação de um empréstimo para a recuperação da Ucrânia com pretexto no fato de o seu governo não ter cumprido um acordo anterior para reduzir o orçamento. O FMI prevê agora uma queda de 6% na economia da Ucrânia no corrente ano.

 Protestos violentos, como os que já irromperam noutras partes da Europa de Leste, parecem iminentes. Num país pequeno como a Letônia, a crise social e econômica é já suficientemente grave; mas o colapso e a sublevação na Ucrânia poderiam minar a pouca confiança que resta na Europa de Leste. Em Kiev, as pessoas falam de raiva crescente por causa da crise e de ressentimento para com um governo que sentem mais próximo dos interesses econômicos e militares do Ocidente do que das suas vidas e reais preocupações.

                                 Rumo ao recrutamento de um exército global

 Os EUA, em aliança próxima com o núcleo duro federalista da União Europeia, defendem a continuação da Guerra-fria, sob a égide de “Guerra ao Terror” e de “Guerras Humanitárias” para alargar ou salvar a sua influência sobre o mundo.

 A Otan coletivamente representa dois terços, e os EUA sozinhos representam metade, da despesa militar mundial. Mas a aliança encontra-se em sobre carga em resultado do profundo envolvimento no Iraque e no Afeganistão, para além da enorme rede de bases militares e crescente comprometimento em missões e conflitos espalhados pelo mundo fora. Países apontados como partilhando valores e interesses com a Otan incluem o Japão, a Índia, a Coreia do Sul, a Austrália, a Nova Zelândia a África do Sul e o Brasil. O argumento de que a Otan deve estar aberta a estes e a qualquer estado que reúna condições para se tornar membro, e não se restringir a países da Europa e da América do Norte, tem em vista alargar a base de recrutamento para futuros exércitos, um argumento que tem recebido cuidadosa atenção por parte dos dirigentes da Otan. Mas o apelo para uma “Otan global” evoca interesses contraditórios, bem como um consenso Europa-EUA é problemático no que respeita a futuras prioridades globais e a respectivos posicionamentos no palco geoestratégico mundial. Para não referir o que tal significa para a segurança nacional vista de Moscovo e de Pequim por outros grandes protagonistas mundiais.

 A extensa e larga faixa geográfica que corre do Mar Báltico, passando pela Europa de Leste e Sudeste, os Balcãs e o Mar Negro, o Cáucaso e a bacia do Cáspio – até ao Médio Oriente, o Golfo Pérsico e o Mar Pérsico-Arábico, compreende um grande número de nações muito diversas, mas todas sob apertada vigilância e várias delas sob controlo militar direto, ou até sob feroz agressão militar pelo imperialismo. Instabilidade política, sacrifícios sócio-econômicos e ameaças militares são preço e sacrifício que essas nações têm de suportar, em troca da sobrevivência e preservação de suas riquezas — sua identidade sócio-cultural, seus recursos naturais e seu patrimônios histórico e natural. Essa é uma colossal “cortina de ferro” que tem a Otan como guardiã. Mas a sua ambição dá a volta ao mundo.

 Bibliografia seleccionada:
 Artigo de revisão: “The Worldwide Network of US Military Bases, The Global Deployment of US Military Personnel,” Jules Dufour, Global Research, 1 de Julho, 2007.
 Department of Defence, Base Structure Report Fiscal Year 2008 Baseline, 2008.
 “Otan Bases From the Balkans To the Chinese Border, The Role of Robert F. Simmons,” Jr., Rick Rozoff, Global Research, 7 de Março, 2009.
 “War and Peace in the Balkans,” Rui Namorado Rosa, Stop Otan, 1 Março, 2001.
 “War and Peace in the Balkans,” Rui Namorado Rosa, Sanders Research Associates, 4 de Março, 2008.
 House of Commons, Select Committee on Foreign Affairs Fourth Report, Regional Issues, Depleted Uranium, entries n.º 172-177. 27 de Março, 2001.
 United Nations Environment Programme (UNEP), Depleted Uranium in Bosnia and Herzegovina Post-Conflict Environmental Assessment, 10 de Março, 2003.
 “Otan”, Wikipedia, the free encyclopaedia, 16 de Março de 2009.
 “Nuclear Non-proliferation Treaty”, Wikipedia the free encyclopedia, 3 de Março, 2009.
 Comprehensive Nuclear-Test-Ban Treaty, Wikipedia the free encyclopedia, 12 de Março, 2009.
 “The nuclear threat: a new start,” Sidney Drell, Physics World, 2 de Fevereiro, 2009.
 “Otan at a Crossroads,” Ian Davis, Foreign Policy In Focus, 21 de Março, 2008.
 “Otan at 50,” Tomás Valásek (Center for Defense Information), Foreign Policy in Focus, Vol. 4, Nº 11, Março 1999.
 “A New Helsinki Accord,” Anton Caragea, Foreign Policy in Focus, 2 Setembro, 2008.
 “Resisting the Empire,” Joseph Gerson, Foreign Policy in Focus: Policy Report, 20 de Março, 2008.
 “US Military Bases in Romania and Bulgaria and their possible Implications on Regional Security,” Saffet Akkaya, ccun.org, 25 Janeiro, 2009.
 “Russia-Ukraine gas confrontation raises major questions, experts say,” Nick Snow, Oil & Gas Journal Washington Pulse, 2 de Março, 2009.
 “Ukraine Teeters as Citizens Blame Banks and Government,” Clifford J. Levy, The New York Times, 1 de Março, 2009.
 “International Monetary Fund, Times Topics,” The New York Times, 2008.
 “Otan renews formal ties with Russia,” Ingrid Melander e David Brunnstrom, Reuters, 5 Março, 2009.
 “EU may top up eastern Europe crisis fund – draft,” Ilona Wissenbach, Reuters, 14 Março, 2009.
 “Ecuador: The Manta Base — A Key Component of Plan Colombia?” Kintto Lucas, IPS News, 24 Agosto, 2006.
 - NO to Otan! Metropolis — Magazine Online, 22 de Fevereiro, 2009
 “14 “Enduring Bases” Set in Iraq,” Christine Spolar, Chicago Tribune, 23 Março, 2004.
 “Otan expansion hits a wall during capitalist crisis,” Heather Cottin, Workers World, 28 Fevereiro, 2009.
 Towards a Grand Strategy for an Uncertain World: Renewing Transatlantic Partnership, Noaber Foundation, 10 Janeiro, 2008.
 “Greater Middle East: the US plan,” Gilbert Achcar, Le Monde diplomatique, Setembro 2004.
 Declaração da Cimeira de Bucareste, emitida pelos Chefes de Estado e de Governo participantes na reunião do Conselho do Atlântico Norte em Bucareste a 3 de Abril, 2004.

 *Presidente do Conselho Português pela Paz e a Cooperação
 Fonte:
www.cebrapaz.org.br

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Exército do Governo Mundial começa a mostrar a cara: Otan assume comando das operações militares na Líbia


A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) controla o comando de todas as ações militares internacionais na Líbia a partir desta quinta-feira. De acordo com o órgão, a transição da coalização foi feita pela França, Reino Unido e Estados Unidos à Aliança Atlântica.
Os detalhes ainda vão ser divulgados nesta manhã. O presidente do Comitê Militar da Otan, o almirante italiano Giampaolo Di Paola, e o general canadense Charles Bouchard, no comando das ações na base situada na cidade italiana de Nápoles, vão dar uma entrevista coletiva marcada para às 8h30 no horário de Brasília.
Rebeldes (mercenários pagos pelos interesses da Besta, vide sua bandeira c/ estrela invertida) que  pedem a saída do ditador "Muammar Gadafi" lutam com forças favoráveis ao governo dele há dias no país.
Comentário:
Sempre quando se fala em guerra os Estados Unidos sentem um comichão, uma vontade absurda de entrar no meio, claro com interesses financeiros e de "colonização". Porém, de uma hora pra outra passam às tropas da OTAN o comando das operações na Líbia? Seria esse um repasse de poder já ao futuro Exército do Governo Mundial?
Rafael Castelli Muniz
Fonte: SRZD
http://www.guerreirodoapocalipse.com/2011/03/exercito-do-governo-mundial-comeca.html

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Crime contra a humanidade: OTAN destrói suprimento de água líbio

Publicada em 08 de Agosto de 2011 às 05h42 Versão para impressão
Chico Villela

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http://www.portalintegracao.com/noticias/crime-contra-a-humanidade-otan-destroi-suprimento-de-agua-libio-8308.html

Numa demonstração de covardia, impunidade e sanha criminosa, a OTAN acaba de destruir o sistema e as instalações de abastecimento de água e a indústria de equipamentos do maior sistema de irrigação do mundo (veja vídeo ), criado pelo governo Gaddafi.


A destruição, que nega as falsas postulações de uma ONU emasculada e fútil de “proteção da população civil”, compromete o futuro do país e de mais de 70% da população líbia, que recebe água desse sistema.

Os atentados na Noruega atingiram um governo que apóia causas nobres mundo afora, prometeu reconhecer o Estado Palestino e vem retirando de sua planilha de investimentos as empresas israelenses responsáveis por construir colônias em ocupações em território palestino. Foi obra de ativistas de extrema-direita, que odeiam islâmicos e fazem reverências a Israel.

Mas a Noruega também está presente com tropas no Afeganistão, entre outros Estados membros da OTAN. Essa dubiedade vem acompanhando todas as manifestações armadas de uma Europa mergulhada em crises e que nem sequer dá conta mais de seus próprios terroristas.

O crime cometido agora pela OTAN na Líbia certamente será responsável por centenas de milhares de mortes. A carência de água é hoje a principal causa de mortes, por exemplo, de crianças em todo o planeta, seja pela sua simples falta, seja pelo uso que se passa a fazer de fontes de água contaminadas e impróprias para uso humano e das doenças que acarretam.

Os fatos abrem novas janelas sobre a atual Europa. Devastada por duas guerras gigantescas provocadas por seus próprios povos no século passado, a Europa, hoje alinhada a um império exponencialmente assassino e em acelerada decadência, mostrou-se incapaz de encontrar caminhos novos após sua trajetória colonial genocida, suas práticas militaristas assassinas e suas instituições corrompidas.

Os atentados em Oslo e na ilha vizinha em nada se diferenciam da última cartada genocida e repelente da OTAN, da qual a Bélgica, anote-se mais uma vez, faz parte. Criminosos loiros de olhos azuis estão nos dois lados dos crimes. O norueguês assassino de seu povo acha-se entre grades, será processado e condenado. Os criminosos loiros de olhos verdes que chefiam a OTAN ainda estão soltos, mas apenas matam povos não europeus. Ora, esses são “matáveis” sem dores de consciência e sem imprensas. Mas seus crimes são muito, muito, muito mais hediondos que os dos amadores solitários que matam menos de 100 pessoas. No Iraque já morreram mais de 1 milhão 400 mil pessoas.

Quem são os terroristas do século XXI?

domingo, 21 de agosto de 2011

TV líbia anuncia retomada de Misrata

A notícia da libertação de Misrata das mãos dos bandos de mercenários foi intensamente festejada. Cidadãos saíram às ruas em Trípoli, com bandeiras verdes sobre os ombros e entoando vivas à Líbia e ao líder Muammar Kadafi, como mostrou ao vivo a TV Líbia

A TV estatal líbia anunciou a retomada da estratégica cidade portuária de Misrata das mãos dos mercenários.

Segundo a TV somente alguns “pequenos bolsões permaneceram nas mãos dos traidores”.

A vitória, apesar dos bombardeios pela Otan, foi intensamente comemorada nas ruas da capital líbia.

O filme pode ser visto na internet: http://www.youtube.com/watch?v=iTAUV7m5S2k

Em um sinal de que o “avanço dos insurgentes rumo a Trípoli” é falacioso, o portavoz da Otan afirmou que “a situação no terreno é muito dinâmica”, ou seja, os mercenários não conseguem tomar espaços em definitivo.

A BBC também mostrou vídeo com tiroteios se desenrolando em outra cidade, Zawyia, onde se supunha que os mercenários haviam expulso as forças governamentais. O âncora da BBC confessou que vira “a bandeira verde [dos patriotas líbios] tremulando sobre a refinaria da cidade”.

Entre os eventos da comemoração uma carreata com milhares de carros com seus ocupantes carregando bandeiras verdes tomou conta do centro de Trípoli. Um repórter da TV Líbia cedia o microfone às pessoas na rua e todos expressavam seu entusiástico apoio a Kadafi.

Um deles afirmou: “espero que esta escória subhumana que apoia as ações satânicas da Otan sejam amaldiçoados em vida e na morte, que estes traidores sejam enviados para baixo, para o inferno”.

Segundo a jornalista norte-americana Susan Lin-dauer (Springfield News) em artigo conjunto com Jeanne Moriarty, do Morning Star, afirmam que as cidades Zawyia, Garian, Sorman e Sabratha, ditas em poder dos mercenários “estão sob controle do governo”.

Nos embates, as forças nacionais libertaram 1.250 militares que os mercenários haviam detido. Também que há um contingente de jovens que através de computadores e aparelhagem eletrônica consegue monitorar as comunicações e posições dos mercenários.

As jornalistas informam que um dos principais militares dos bandidos, Khalifa Hefter, que atuou – segundo a TV – durante 20 anos como agente da CIA e foi transportado ao país para comandar os mercenários foi capturado.

NATHANIEL BRAIA

Povo nas ruas em apoio a Khadhafi e expulsão dos traidores a serviço 
da satanica OTAN 


Enquanto isso a mídia oficial continua propagando a mentira e apoiando ações demoniacas e insanas da famigerada OTAN

“Parem de bombardear a Líbia”,
exigem manifestantes no Harlem

Milhares de pessoas reuniram-se no bairro do Harlem para exigir o fim do bombardeio da Líbia pelos Estados Unidos e Otan, no sábado dia 13 de agosto. 

A manifestação, que reuniu dezenas de milhares de novaiorquinos, teve o apoio da Coalizão Answer que reúne centenas de organizações norte-americanas, incluindo a IACenter, dirigida pelo ex-ministro da Justiça, Ramsey Clark, presente ao ato. Além dele compareceram, entre outros, o líder do movimento negro e pelos direitos civis Louis Farrakhan, o vereador da cidade de Nova Iorque, Charles Barron e a poeta árabe-americana, Amiri Baraka.

A Coalizão ANSWER destacou em seus cartazes os dizeres “Empregos sim, Guerra não!”.

Grupos de manifestantes vindos de outros bairros de Nova Iorque e além de cidades como Washington, Filadélfia, New Haven e outras se fizeram presentes.

A faixa que abria a manifestação destacava: “Parem de Bombardear a Líbia!”

querendo saber mais:
http://terceirateoria.blogspot.com/2011/07/rebeldes-libios-reconhecem-derrota-e.html

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Governo das trevas chegando ao fim

“Portanto, eu não lhes escondo que o mês de agosto, de setembro e de outubro que vocês viverão, são os meses os mais importantes da revolução da consciência humana”.

OMRAAM, em mensagem de 04/08/2011. http://leiturasdaluz.blogspot.com/2011/08/om-aivanhov-4-de-agosto-d...





SaLuSa, Agosto, 2011





UM - A porta para a mudança está se abrindo cada vez mais e, como já começam a compreender, não pode haver um retorno aos dias de antigamente.



Está ficando mais visível que nunca, que uma civilização à véspera da Ascensão deve mover-se para um novo nível de vibração. A Luz os convida a se elevarem e a deixarem para trás tudo o que não serve ao propósito maior de vocês.



É óbvio que as velhas maneiras falharam, mas não devido a vocês, como indivíduos, porque o poder não estava em suas mãos. Falharam porque não podiam sustentar o sistema monetário estabelecido, que colocou muita riqueza nas mãos de poucas pessoas.



Há movimentações acontecendo que, em breve, irão permitir que sejam dados passos necessários que irão corrigir a situação, e que irão implantar um sistema financeiro completamente novo. Um sistema que seja imparcial e justo e que proteja o seu dinheiro contra leis e impostos injustos. Está tudo preparado para ‘seguir em frente’ e isso não irá demorar muito mais.



DOIS - De fato, podem estar certos que nos próximos 3 meses que se seguirão - (agosto,setembro,outubro) - vocês irão ver/passar por uma época muito interessante. O caos continua (ndr: vejam os movimentos sociais violentos na Europa) e, por causa disso, as pessoas estarão procurando por respostas e pedindo ação da parte dos seus governos que, por sua vez, parecem incapazes de dar respostas.



A razão é porque se agarram a velhos métodos para remendar um sistema que está desintegrado e sem possibilidade de reparos. Não têm a mínima idéia como lidar com ele e chegou ao ponto de aparecerem novos governos. Também este assunto está em consideração, e se bem que até agora, vocês não tenham visto nenhuma ação, ela não está muito longe de acontecer. Durante alguns anos estruturamos os nossos planos, que irão se concretizar tão rapidamente que ficarão espantados de ver como as coisas irão entrar em seus devidos lugares.



Vocês são almas muito especiais que cumpriram o seu tempo na dualidade, e são merecedores de um salto quântico para frente que irá erguê-los para as vibrações mais altas. Com o 11.11.11 quase chegando, irão compreender que é uma ocasião em que deverão experimentar uma rápida elevação.



TRÊS - Ao analisar os seus níveis de consciência podem verificar que este ano vocês enfrentaram uma subida dramática, refletida sobretudo na sua capacidade de lidar mais facilmente com as vibrações mais baixas. Agora já são mais capazes de manter o seu foco na Luz e, como conseqüência, não são mais tão afetados por elas. De fato, estão espalhando a Luz de modo consciente, e isso está ajudando outras almas. Estar, simplesmente, na presença de algumas pessoas é suficiente para causar uma impressão nelas.



Também muitas crianças Índigo já têm idade suficiente para demonstrar os seus talentos, e um elevado nível de sabedoria para partilhar (ndr: veja o excelente vídeo de Matias de Stéfano, um jovem índigo, com legendas em português : http://www.youtube.com/watch?v=HS0vT9ncxxs ).



Essas almas avançadas raramente falam das suas capacidades, e simplesmente prosseguem o seu trabalho sem quase ser notadas. Muitas estão entre os que têm uma grande parcela a representar no futuro imediato. E as suas qualidades de liderança são muito bem vindas.



QUATRO - Nós, da Federação Galáctica, temos visivelmente uma grande parte a desempenhar no futuro imediato, e agora parece haver uma aceitação geral da nossa existência. Isso é essencial para o êxito, e nós temos a responsabilidade de assegurar que todos os que desejam tomar parte na Ascensão estejam prontos a tempo. Há pouco risco que isto aconteça de outra maneira e, de fato, fazemos parte de uma Confederação maior que, se for necessário, estará disponível.



Aqueles de vocês que pertencem às trevas podem acalentar pensamentos para impedir o nosso progresso, mas, falando francamente, essas pessoas não têm idéia de quem confrontam. Podem ser afastados das suas trajetórias devido à nossa tecnologia superior.



Escrito por Colaborador(a) do Blog às 18h13
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CINCO - Reunimo-nos regularmente em conclaves para discutir a sua posição e, se e quando for necessário, o nosso plano é ajustado. Pode ter demorado muito tempo a chegar a este ponto, mas há uma satisfação geral com os planos para movê-los. Há muita coisa a acontecer, e os das trevas estão ficando cansados da sua falta de sucesso. Se bem que outrora tenham se sentido ‘invencíveis’, eles foram, de muitas maneiras, os arquitetos da sua própria queda.



As conspirações óbvias contra vocês, tais como o 9/11, mostraram a sua arrogância e desrespeito pela vida humana. Isso demonstrou que ‘eles’ pensavam que as suas mentiras e tentativas de encobrir a verdade sobre as suas ações iriam ser engolidas pelos profissionais que podiam ver através delas. Existe apenas uma disposição legal a ser tomada contra os Illuminati para afastá-los das suas posições de poder. Ela irá chegar e os nossos aliados seguirão em frente em suas ações.



SEIS - Demos início ao nosso plano de ter ainda mais pessoas informadas de nossas presenças em seus céus. Isso significa mais formações de vôos a baixa altitude, e uma concentração em áreas em que não somos vistos tão freqüentemente. Agora há ocasiões em que quase não nos vêem, e isso demonstra como já estão familiarizados com as nossas naves.



Tornamo-nos muito mais aceitos como visitantes amigos da sua Terra e o medo agora é muito menos freqüente que antes, devido às campanhas para nos pintar como ‘seres estranhos e malévolos’. Isso foi um feito de grande alcance e confiamos em todos os que trabalharam para erradicar isso. É muito importante que as pessoas tenham em mente que quando ouvem falar dos Greys, saibam que eles não são membros da Federação Galáctica. Eles estão na Terra a convite dos Estados Unidos, que trabalharam com eles durante muitos anos, a troco de tecnologias.



SETE - Quando chegarmos à Terra, também será por convite. Já falamos com o seu Presidente (americano), e a necessidade de seguir em frente com o plano da Ascensão foi bem compreendida e aceita. Seremos claros sobre as nossas intenções, e todos irão saber exatamente o que estamos fazendo no que diz respeito a vocês.



De fato, iremos falar à nação, para que saibam por que estamos aqui, e para que isso seja plenamente compreendido, iremos ter a cobertura da comunicação social e haverá liberdade de jornalismo para relatar com verdade e sem censura. Até o presente momento os seus meios de comunicação de massa estão nas mãos dos Illuminati, que ainda controlam a maioria dos canais de comunicação. Vocês foram ludibriados, enganados e ‘levados na onda’ durante muitos e muitos anos, mas irão ter um governo aberto e uma comunicação aberta para restaurar a sua confiança na liberdade de expressão.



OITO - Eu sou SaLuSa, de Sírius, e encantado com estas oportunidades de acordá-los para a verdade. Ainda só arranhamos a superfície, e a sua verdadeira História irá certamente, surpreender a todos vocês. Tenham em mente que os das trevas controlaram o mundo durante milhares de anos, atuando lentamente para obter um controle completo da sua população e da sua riqueza. Nos ciclos mais antigos, eles causaram grandes massacres em que civilizações inteiras foram destruídas. Isso não irá acontecer de novo, e essa é a palavra do Criador.



Obrigado, SaLuSa.

Mike Quinsey.



Extraído de: http://galacticchannelings.com



Colaboração e edição: M/A


Escrito por Colaborador(a) do Blog às 18h11
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