Presidente do Zimbábue denuncia na ONU crimes da Otan (exército do anti cristo) na Líbia

O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, denunciou na 66ª Assembleia da ONU que a Otan realizou 20 mil ataques aéreos contra Trípoli e as outras cidades líbias, deixadas em escombros, e agora os países agressores abertamente clamam pelo petróleo líbio, “indicando que o real motivo” foi “controlar e possuir” as abundantes reservas da Líbia.
“Ontem foi o Iraque e os mentirosos Bush e Blair”, assinalou o presidente africano, apontando que “os mentirosos de agora são os países da Otan que, similarmente, fizeram alegações infundadas sobre destruição de vidas de civis por Kadafi”. Para levarem a cabo uma agressão “brutal e flagrante” contra a Líbia.
Mugabe advertiu sobre a manipulação da Carta da ONU em proveito das grandes potências. Se é para que se mantenha a paz regional e internacional, a Carta tem de ser “estritamente obedecida por cada um e por todos os membros”, afirmou. “Não podemos dizer que seja o que está prevalecendo, haja visto os Estados da Otan versus Líbia”. Ele acrescentou que “quaisquer que tenham sido os distúrbios políticos em Bengazi, jamais foi dada uma chance ao processo de mediação e negociação pacífica” conduzido pela União Africana e apoiado por vários países.
O presidente condenou a “rápida evocação do capítulo VII da Carta [da ONU” com “grosseira e deliberada má interpretação do alcance da proteção aos civis” e a flagrante exclusão do processo de negociação e da decretação de um cessar fogo. “Não se deve permitir que querelas ou contendas bilaterais sejam alçadas a considerações de ameaças pertinentes à paz e segurança internacional”, apontou Mugabe.
Mugabe se referiu ainda ao recém engendrado “princípio da Responsabilidade de Proteger” (R-2-P) e ao risco de manipulação para “dar cobertura a abusos pré-deliberados com objetivo de violar o sagrado princípio internacional da não-interferência nos assuntos internos”. “O que equivale a um ato de agressão e desestabilização de um Estado soberano”. Ele afirmou, também, que a Corte Penal Internacional “parece existir apenas para supostos violadores de países em desenvolvimento, a maioria deles africanos”. “Para os líderes dos poderosos Estados ocidentais culpados de crimes internacionais, como Bush e Blair”, tal ‘justiça’ é “cega”, completou.

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Oposição faz maioria no Senado francês enquanto Sarkozy/Otan mata civis na Líbia

A oposição francesa conquistou neste domingo a maioria absoluta no Senado, sete meses antes da eleição presidencial. O secretário nacional do Partido Socialista, Christophe Borgel, informou à agência AFP que obteve as 23 cadeiras suplementares de que precisavam para conquistar a maioria absoluta na câmara alta do Parlamento.

O Senado assegura a representação territorial. O pleito renovava 170 das 348 cadeiras do Senado, através de eleições indiretas cujos membros são escolhidos por 71 mil 890 eleitores, entre eles, deputados, conselheiros regionais e provinciais, prefeitos e vereadores. A oposição conquistou, segundo a apuração já no final, 177 vagas, conseguindo a maioria absoluta.

O primeiro-ministro, Francois Fillon, e o secretário geral da governista União por um Movimento Popular (UMP), Jean-François Copé, convocados no domingo pelo presidente francês, Nicolás Sarkozy, após o revés sofrido reconheceram a derrota e culparam as divisões existentes no grupo.

Porém, ambos coincidiram em que começou a batalha para as próximas eleições presidenciais em 2012.

A vitória no Senado foi precedida por uma série de triunfos de candidatos socialistas, comunistas, verdes e de outras siglas de oposição nas eleições locais ocorridas durante o ano, nas mesmas regiões onde os chamados “super-votantes”, com direitos acima dos cidadãos comuns, emitiram seus votos no domingo.

Em todas as avaliações, Sarkozy se transformou em um dos presidentes menos populares na França desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e enfrenta uma difícil tentativa de reeleição na votação prevista para o próximo mês de abril.

Os cidadãos franceses estão espremidos pela política econômica neoliberal implementada pelo governo que elevou o desemprego, congelou os salários, aumentou a idade das aposentadorias eatacou os direitos trabalhistas.

O presidente socialista, Jean-Pierre Bel, destacou que “vivemos um dia histórico, pela primeira vez na história da V República, o Senado conhecerá a alternância”. Assinalou que o Senado francês se criou em 1795, mas foi em 1958 que foi modificado para sua forma atual, mediante o nascimento da V República. Historicamente, a chamada Câmara Alta esteve dominada pelos conservadores, até agora, que os setores tidos como mais progressistas alcançaram a maioria.


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Pelo menos 35 invasores são abatidos pelas tropas da Líbia em Bani Walid e Ghadames

A resistência à agressão estrangeira também se mostra forte e eficiente em Bani Walid, a sudeste de Trípoli, onde fontes médicas indicaram que nas últimas 24 horas foram mortos pelo menos 30 bandidos do CNT.
Apesar dos bombardeios indiscriminados da Otan sobre Ghadames, cidade de cinco mil anos, escolhida pela Unesco como patrimônio da Humanidade, as tropas patrióticas mantêm a ofensiva e conseguiram abater pelo menos trinta e cinco invasores.
Diante da capacidade ofensiva dos patriotas líbios e dos sucessivos desastres militares de seus marionetes, a Otan decidiu prorrogar a sua “missão” por mais três meses.

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Patriotas líbios resistem a bombas da Otan em Sirte e forçam mercenários a bater em retirada

As forças patrióticas líbias obrigaram os mercenários do autodenominado Conselho Nacional de Transição (CNT) a baterem em retirada de Sirte depois de “uma batalha feroz e intensa” na segunda-feira, onde houve fulminante contra-ataque das tropas de Muamar Kadafi com foguetes, granadas e franco-atiradores “estrategicamente localizados”.
Os mercenários tentaram relativizar a nova debandada da cidade natal de Kadafi, localizada a 360 quilômetros a leste de Trípoli, alegando que foi uma “retirada tática”. Um comandante do CNT assumiu ter tido mais de uma centena de baixas apenas nos confrontos de sábado. “Nos sentimos desmoralizados e frustrados”, declarou o “rebelde” Hassan Abdelkader.
Após o “recuo”, as tropas do CNT ficaram entrin-cheiradas na localidade de Bohadi, nas imediações de Sirte, aguardando que os aviões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) realizassem uma nova série de bombardeios ao centro da cidade, densamente povoado.
Conforme números divulgados pelas próprias tropas invasoras, de sexta a domingo, a Otan realizou 367 missões aéreas e 132 ataques sobre a cidade. Desde março, as “operações de patrulha aérea” contra o país norte-africano já somam 23.938, incluídas 8.941 missões de ataque para “proteger civis”.
Moradores que abandonaram Sirte responsabilizaram a Otan e os mercenários do CNT de provocar uma crise humanitária na cidade, onde falta água potável, energia elétrica, comida e remédios para os feridos que agonizam nos hospitais, que também estão sendo alvo dos bombardeios “cirúrgicos”.
A mesma condenação foi feita pelo porta-voz do governo líbio, Mussa Ibrahim, que responsabilizou a Otan pela morte de centenas de inocentes.
Testemunhas relataram ter visto altas colunas de fumaça nos céus da cidade pouco depois de ouvirem estrondosas explosões provocadas pelos aviões da Otan.
Os canais de televisão da região entrevistaram pessoas que afirmaram que os patriotas dominam posições estratégicas a partir das quais têm repelido os invasores.
Conforme o porta-voz do CNT, a resistência dentro de Sirte adquiriu uma magnitude inesperada, sendo insuficiente a quantidade de mercenários de que dispõe para controlar um território onde Kadafi goza de alto prestígio.

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