ROSANITA CAMPOS
Ao receber a notícia dos acordos fechados entre a República
Popular Democrática da Coreia e EUA o governo da China declarou à agência de
notícias Xinhua seu “apoio ao acordo” assim como seu desejo de que “as
conversações sobre a assistência alimentar de 240 mil toneladas de alimentos dos
EUA a RPDC logrem progressos positivos”.
Também o
governo da Rússia através do Ministério de Relações exteriores saudou o acordo
como positivo e um passo à frente para a retomada das negociações a seis partes
(China, Rússia, RPDC, EUA, Coreia do Sul e Japão).
Depois do
anúncio pela República Popular Democrática da Coreia do lançamento em abril do
satélite “Kwamgmyongsong 3” os EUA, para ter um pretexto para recuar dos acordos
realizados em 29 de fevereiro com a RPDC acusam este país de romper os acordos
do dia 29. “É muito difícil seguir adiante em sua planejada assistência
alimentar à RPDC depois do anúncio do lançamento do satélite”, disse a diplomata
Victoria Nuland. Hillary Clinton disse que “o fato é sumamente provocador”.
A Coreia
Democrática insistiu em seu “direito legítimo de pôr satélites em órbita
afirmando que uma política de dois pesos e duas medidas é intolerável. Que o uso
pacífico do espaço é um direito legítimo universalmente reconhecido de um Estado
soberano. E que o lançamento de satélites para investigação científica não pode
ser de nenhum modo monopolizado por países específicos. Não aceitamos que o
lançamento de satélites seja usado como pretextos para recuos em acordos já
firmados ou pressões de ordem política, econômica ou militar contra a RPDC”.
A Rússia também
expressou sua “preocupação em relação às tensões na Península Coreana que pode
comprometer a realização da reunião do Grupo dos Seis” e exortou as partes
envolvidas no processo de solução dos problemas “a mostrar a máxima moderação”
sem, entretanto, deixar de registrar que “Moscou nunca negou o direito soberano
da RPDC em buscar desenvolver programas espaciais pacíficos”.
O vice-Ministro
de Relações Exteriores da China reuniu-se no dia 16 com o Embaixador da RPDC em
Pequim para tratar sobre as questões da Península Coreana e discutir aspectos
das relações da China com a RPDC. Em uma nota ele afirmou que “a China está
preocupada e tomou nota do plano de lançamento do satélite pela RPDC quanto da
reação internacional e está convencida de que é benéfico para as partes
envolvidas e seus interesses comuns a manutenção da paz e da estabilidade na
Península Coreana e no nordeste da Ásia”.
A Coreia
Democrática convidará observadores internacionais para supervisionar o
lançamento do seu novo satélite. O Comitê de Tecnologia Espacial da RPDC vai
convidar jornalistas, veteranos especializados no assunto e demais especialistas
estrangeiros em ciência e tecnologia espacial para visitar a estação de
lançamento de satélites Sohae, o Centro Geral de Controle e Mando do satélite
entre outros lugares para que examinem o lançamento.
O satélite será
lançado em Cholsan na Província de Pyongyang do Norte entre 12 e 16 de Abril,
segundo informação da agência de notícias KCNA, é de fabricação inteiramente
nacional e será lançado para comemorar o centenário do grande líder Kim Il Sung.
http://www.horadopovo.com.br/
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