terça-feira, 6 de setembro de 2011

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Otan trouxe seus rebeldes e a limpeza étnica para Trípoli

Desde de a entrada em Trípoli dos rebeldes do autoproclamado Conselho de Transição Nacional - CNT começaram as chacinas de negros africanos na capital líbia.

As chacinas são atribuídas pelos monopólios de mídia ao exército líbio, mas o que se vê lá segundo alguns poucos órgãos de imprensa são atrocidades cometidas pelos rebeldes anti-Kadafi.

Trípoli é hoje uma cidade semidestruída que vive uma calamidade pública ocasionada por mais de seis meses de bombardeios diários da Otan. A população sofre a falta de luz, água e alimentos, corpos são vistos espalhados pelas ruas em meio ao lixo. A pilhagem das casas e o roubo aos que se arvoram a sair às ruas são coisas corriqueiras.

Os negros africanos, trabalhadores vindos de vários países do continente em busca de uma vida melhor, são presos torturados e mortos barbaramente sob a acusação de serem “kadafistas”. Eles fogem de Trípoli e no pequeno porto abandonado de Sayad, a 25 km a oeste da capital, já se conta mais de 800 refugiados desde o dia 31 de agosto. O lugar é uma antiga base militar italiana transformada em base líbia. Bombardeada em 1986 pelos EUA a base foi desativada, suas construções passaram a abrigar uns poucos pescadores e agora os negros africanos refugiados de Trípoli pelo horror promovido contra eles pelos rebeldes da “nova Líbia”.

“Com a chegada dos rebeldes a Trípoli ficamos em pânico. Africanos como nós são presos”, testemunha Modibo originário do Mali. Kizita Okosun da cidade de Benin na Nigéria foi preso em sua casa. “Eles roubaram meus bens. E se não fosse a proprietária da minha casa chegar eles teriam me matado”, afirmou o nigeriano a um jornalista do Le Monde no dia 2 de setembro, e prosseguiu: Fui conduzido a um centro de detenção provisório. Éramos 59 africanos de várias nacionalidades numa mesma cela sem água, sem banheiro e sem colchão. Nos davam comida uma vez por dia. Havia um negro Maliense ferido, mas não o levaram ao hospital. Um dia um líbio-americano que veio dos EUA combater Kadafi olhou para mim e disse: “Você, vem comigo”. E me trouxe até aqui em um carro. Deus me salvou, tive sorte mas os outros continuam lá. O que será deles?”

Em Trípoli as execuções, as prisões arbitrárias, as torturas e a barbarização de cadáveres espalham o terror e o medo sob o silêncio da ONU ou dos organismos de direitos humanos. Interpelado sobre a questão, Oussama Al Abed , vice-presidente do autoproclamado Conselho Municipal de Trípoli na quinta-feira (1) disse ao Le Monde que “não há com o que se inquietar, essa gente será julgada legalmente. Mas no futuro esses imigrantes deverão ter um documento de permissão de estadia no país. O antigo regime deixava os africanos entrarem o que não é aceitável. Kadafi dilapidou nosso dinheiro com esses negros em detrimento dos líbios”. Enquanto isso as execuções sumárias nos cárceres do CNT continuam.

Apesar do medo muitos negros africanos são protegidos nos bairros por seus vizinhos líbios, acostumados a vê-los sair para o trabalho diariamente antes dos massacres aéreos da Otan. Apesar da barbárie na capital líbia a solidariedade continua presente entre sua população.

Com os rebeldes, o CNT e a proteção da Otan chegou à Líbia o racismo e a xenofobia. A Líbia antes um país rico, com grande potencial de crescimento e aberto aos africanos fecha agora suas fronteiras. A riqueza do petróleo antes empregada para promover o bem estar da população líbia e de grande parte de africanos que viviam no país com as mesmas condições e os mesmos direitos dos cidadãos líbios será, de agora em diante, propriedade das empresas e dos bancos franceses, ingleses e americanos. O CNT dá as costas aos africanos e à África para fazer do país nova base de operações ocidentais cravada em solo africano com a matança da população líbia e o sangue dos africanos.

O ocidente verá em breve do que é capaz um povo oprimido privado - pela força das armas e da invasão estrangeira - de sua soberania e liberdade, de suas riquezas. Não por acaso o comando da Otan já declarou que quer ficar por muito tempo em território líbio.


Fonte: http://www.horadopovo.com.br/

Sarkozy avisa à quadrilha que Jibril lhe prometeu 35% do petróleo líbio

Na véspera da reunião dos “amigos do petróleo” líbio em Paris, o jornal Libération divulgou uma carta de 3 abril dirigida pelos “rebeldes” do famigerado Conselho Nacional de Transição da Líbia ao emir do Catar que esclarece o açodamento do governo francês em reconhecer os mercenários dos EUA/Otan como “governo” do país norte-africano. A carta esclarece que o CNT concordou em destinar à França 35% da produção de petróleo em troca do seu reconhecimento como “governo legítimo”. Diz a carta-promessa dos “rebeldes” fabricados pela CIA ao emir: “E quanto ao acordo sobre o petróleo fechado com a França em troca do reconhecimento na cúpula de Londres, como representante legítimo da Líbia delegamos o irmão Mahmoud para que firme esse pacto que atribui 35% do total do petróleo bruto aos franceses em troca do respaldo total e permanente a nosso Conselho”. Alan Juppé, ministro do exterior de Sarkozy, tentou justificou a generosa oferta: “A operação na Líbia é muito dispendiosa. É também um investimento no futuro”.


Resistência líbia explode veículos da Otan em Trípoli e derruba helicóptero em Sirte

A resistência líbia mandou pelos ares dois veículos da Otan com mercenários do CNT que trafegavam pelo bairro de Al Firnaj, em Trípoli, no último domingo, mantendo a média diária de ataques aos invasores.

Segundo informou segunda-feira a AFP, insuspeita no caso, nas últimas 48 horas haviam sido inúmeros os ataques contra os “postos de controle” dos bandidos na capital líbia, com pelo menos dois mortos e sete feridos. Uma bomba nas proximidades do Hotel Al Fateh eliminou outro bando. Conforme o porta-voz do governo legítimo, Mussa Ibrahim, a luta está “muito longe de ser concluída”.

Desprezando os criminosos bombardeios da Otan, milhares de pessoas foram às ruas de Sirte para comemorar o 42º aniversário da Revolução dos Oficiais, que derrubou a monarquia no dia 1º de setembro de 1969. A mobilização popular rechaçou uma investida mercenária, provocando a baixa de centenas de invasores.

Em Gargaresh, região de Misrata, foram abatidos vários “rebeldes” e ataques certeiros derrubaram um helicóptero da Otan na fronteira com a Argélia e outro em Sirte.

Na segunda-feira, forças especiais dos exércitos da Inglaterra e da França comandaram ataques à cidade de Beni Walid, cuja defesa foi reforçada neste final de semana por unidades militares líbias que chegaram do sul do país. As tribos do Sul, incluídos os tuaregs, negaram qualquer colaboração ou rendição aos “marionetes da OTAN”, o que impossibilita o assalto às imensas reservas de petróleo, gás e água que se encontram na região.

Em Zawiya e Zarywa, a 50 quilômetros do centro de Trípoli, as brigadas do coronel Jamis Kadafi sustentam uma luta encarniçada com os mercenários. Uma emboscada no sábado, dia 3, provocou 10 baixas nos invasores.

Fortemente mobilizada em apoio a Kadafi, a cidade de Sebha também rechaçou uma incursão dos bandos pró-Otan, destruindo quatro veículos e deixando outros 11 abandonados. Na oportunidade foram contabilizadas 10 baixas dos mercenários.

fonte: http://www.horadopovo.com.br/


O ministro do Exterior francês, Alan Juppé, quis justificar o crime: “a operação na Líbia é muito dispendiosa. Trata-se de investimento no futuro”. O chanceler inglês logo cobrou: “não ficaremos atrás”

Uma carta datada de 3 abril dirigida pelos “rebeldes” do autointi
 tulado Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia ao emir do Catar explicita de forma categórica os reais motivos que levaram os governos da França e da Inglaterra a se empenharem tanto - e a mobilizarem suas agências de “notícias” - para demonizar o governo de Muamar Kadafi e justificar a agressão à rica nação norte-africana.

Publicada pelo jornal “Liberation” às vésperas do encontro dos países “muy amigos” da Líbia - que reuniu governos agressores e alguns incautos em Paris no dia 1º -, a carta esclarece que os mercenários do CNT se comprometeram a destinar à França nada menos do que 35% da produção de petróleo em troca do seu reconhecimento como “governo legítimo”.

Diz a carta-promessa dos “rebeldes” da Otan ao emir: “E quanto ao acordo sobre o petróleo fechado com a França em troca do reconhecimento na cúpula de Londres, como representante legítimo da Líbia delegamos o irmão Mahmoud [Shamman, “ministro” de meios de comunicação do CNT] para que firme esse pacto que atribui 35% do total do petróleo bruto aos franceses em troca do respaldo total e permanente a nosso Conselho”. Representantes de 61 países atenderam à intimação de Sarkozy para assistir a partilha do petróleo do povo líbio entre os cabeças da Otan.

Ao ser questionado sobre a carta publicada no “Liberation”, o ministro do Exterior francês, Alan Juppé, desconversou, mas sem deixar de admitir a preferência: “Não estou ciente dessa carta. O que eu sei é que o CNT disse muito oficialmente que, com relação à reconstrução da Líbia, daria preferência àqueles que ajudaram o país. Isso parece lógico para mim”. Juppé também justificou o percentual: “A operação na Líbia é muito dispendiosa. É também um investimento no futuro”.

Incomodado com a voracidade do apetite manifestado pelos franceses, o ministro do Exterior da Inglaterra, William Hague, reagiu, ameaçando taxativo: “as empresas britânicas não ficarão para trás”.

Em entrevista à rádio RTL, Alain Juppé defendeu ainda que se coloque rapidamente nas mãos dos seus agentes do CNT todos os recursos que necessitar para “estabilizar” a situação. “Precisamos ajudar o Conselho Nacional de Transição porque o país está devastado, a situação humanitária é difícil e existe uma falta de água, eletricidade e combustível”, disse o criminoso humanitário.

A expectativa de franceses, ingleses e estadunidenses é que a Comissão de Sanções da ONU aprove imediatamente a liberação de um quinto do total de ativos líbios - de cerca de 7,6 bilhões de euros - atualmente confiscados na França, e também os recursos semelhantes de fundos líbios existentes nos Estados Unidos e na Inglaterra.

Obviamente tais montantes seriam “reinvestidos” para que as empresas destes países trabalhassem na reconstrução da Líbia – que está tendo suas cidades devastadas pelos bombardeios “cirúrgicos” em hospitais, creches e escolas, levando ao colapso sua infraestrutura.

A “desinteressada ajuda” do emir do Catar preparou terreno à invasão da Otan por meio da sua rede de televisão, a Al-Jazira, que vinha alegando que o governo Kadafi estava bombardeando e massacrando civis nas ruas de Benghazi, o que tornaria necessária e urgente uma rápida “intervenção humanitária”. Conforme denunciou o embaixador do Brasil na Líbia, George Ney de Souza Fernandes, “não houve bombardeio algum. Isso foi um bombardeio noticioso da Al-Jazira”.

O mesmo emir foi parceiro do presidente francês Nicolas Sarkozy nas inúmeras entregas secretas de armas aos mercenários do CNT, transgressão que só foi admitida oficialmente no mês de julho, após consumada a ação golpista.

Como se reeditassem a Partilha da África, quando na segunda metade do século 19 as potências europeias retaliaram o continente, sangrando suas riquezas e escravizando seus povos, os países imperialistas se lançam como chacais no assalto à Líbia. O país é o quarto maior produtor de petróleo da África – e o de melhor qualidade – detentor de uma reserva de 60 bilhões de barris, dono de imensas reservas subterrâneas de água, de mais de um bilhão e 500 milhões de metros cúbicos de gás, ocupando uma posição estratégica no mundo árabe e no centro do Mediterrâneo.

Autor de Coração das Trevas e Nostromo, duas obras magistrais sobre aquele infame período que os imperialistas tentam reeditar, o inglês James Conrad lembra que “a administração deles era mera extorsão e nada mais... Agarravam o que podiam, e simplesmente porque estava ali para ser agarrado. Era simples assalto com violência, agravado com assassinato em alto grau e praticado às cegas pelos homens – como é próprio daqueles que tateiam na escuridão”.







LEONARDO SEVERO