CÉTICOS VERSUS HOMEOPATIA: CONFLITOS DE IDÉIAS E DE INTERESSES
NOTA OFICIAL da ASSOCIAÇÃO MÉDICA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA.
Não é novidade saber que a homeopatia sofre
ataques reiterados, em forma de surtos, como um sofrimento crônico por
parte dos desinteressados na saúde dos povos do Brasil e do Mundo; por
parte daqueles que buscam o caminho desesperado de lançar o ceticismo
como arma de propaganda contra esta TERAPÊUTICA que tanto tem ajudado as
populações do mundo há mais de dois séculos, nos seus diversos
continentes. Com apelos publicitários expressivos, lançam mão agora de
falsos conceitos sobre a ciência, para enganar a opinião pública e
principalmente tentar ludibriar as INSTITUIÇÕES de ensino e pesquisa, e
de profissionais. Seu objetivo central é tirar a chance daqueles que
porventura poderiam procurar a HOMEOPATIA como forma de tratamento,
subtraindo-lhes também a possibilidade de mais uma opção na busca de
resultados satisfatórios para seus sofrimentos. Os motivos verdadeiros
que os movem, naturalmente se escondem atrás das
fontes de seus financiamentos. E estas fontes não são
oriundas da ciência nem daqueles que são sinceros com os interesses da
mesma!
A homeopatia tem sido uma ferramenta a mais nas mãos das
ciências médicas há mais de 200 anos, prestando serviços à saúde das
populações.
Ao longo destes anos, os HOMEOPATAS jamais se furtaram
ao debate acadêmico e científico. Aliás, buscam com esforços
permanentes, estarem inseridos nos meios institucionais e propícios ao
mesmo. E do ponto de vista da ciência, existe algo que nunca se pode
abrir mão: OS FATOS. Os resultados dos tratamentos daqueles que buscam
a HOMEOPATIA são fatos repetidos em todos os lugares deste planeta,
onde ela possa surgir e ser aplicada, com técnica e método bem descrito
e publicado, acessível a todos, bem diferente dos produtos e
conhecimentos patenteados, que se tornam objetos restritos a países e
empresas que os detêm por puros interesses econômicos. Os resultados
clínicos são A PROPRAGANDA principal da homeopatia, responsável pelo seu
crescimento no Mundo e constatado pela própria Organização Mundial de
Saúde, em seus sucessivos relatórios dos últimos anos. Vale ressaltar
que uma parcela expressiva destes pacientes percorrem previamente outros
caminhos de tratamentos, e poderiam bem ter obtido resultados de efeito
placebo com qualquer outra técnica ou por simples sugestão.
É importante salientar que a Organização Mundial de
Saúde, além de constatar o crescimento do uso da homeopatia nos diversos
continentes, vem também adotando como estratégia o incentivo aos seus
países membros, para que adotem o uso da homeopatia como recurso
terapêutico e adotem pesquisas sobre a segurança e a eficácia de seu
uso.
Na tentativa de explicarem os efeitos da HOMEOPATIA,
inúmeros homeopatas e pesquisadores ao longo da história, procuraram
teorizar sobre esta forma terapêutica. No entanto, em ciência, a
teorização é uma permanente tentativa de explicação do fenômeno, e para
alcançar tal objetivo, esta se modifica ou se ajusta, acompanhando
novas descobertas, até que se chegue a uma conclusão teórica
satisfatória em relação ao conhecimento científico. Isto
faz parte da história do conhecimento. Uma teoria não nega
cientificamente um fato. Ao contrário, é o fato que pode negar ou
confirmar uma teoria. O fato, enfim, não existe devido a uma teoria, mas
ao contrário, uma teoria existe devido a um fato.
Eis a questão central
Os grandes
laboratórios, quando lançam no mercado suas drogas, o fazem com alarde
de muitas teorias, falando sobre seus efeitos, explicando teoricamente
como e porquê funcionam. Depois de algum tempo, quantas delas são
retiradas do mercado, por apresentarem efeitos não previstos em suas
formulações e teorizações, muitas vezesfatais e/ou mutiladores de seres humanos.
Outras vezes, apresentam reações terapêuticas novas, não evidenciadas em
suas pesquisas, incorporando nova indicação de seu uso terapêutico. SÃO
OS FATOS OBSERVADOS PELA EVOLUÇÃO CLÍNICA DOS PACIENTES E DOENTES que
atestam e cientificamente definem o valor de um tratamento, pois a prova
final será dada pela qualidade dos resultados clínicos, em termos de
segurança e eficácia, para a medicina. Assim é a ciência. Assim também é
a ciência médica. Dizer que a teoria está acima dos fatos, é colocar a
ciência de cabeça para baixo. Isto é gesto e atitude daqueles que não
têm boas intenções para com o conhecimento.
Quanto ao uso de qualquer medicamento, é preciso lembrar
que em primeiro lugar, se leva em consideração a segurança do mesmo. No
caso dos medicamentos homeopáticos, a descoberta e o desenvolvimento da
técnica de seu preparo, de forma dinamizada e em doses pequenas
(popularmente conhecidas como doses homeopáticas), foi o fator
efinitivamente seguro para o seu uso, pois afastou a possibilidade de
efeitos tóxicos, tão bem demonstrado pelos manifestantes. O segundo
critério para o uso de um medicamento, diz respeito à sua eficácia.
Neste caso, a eficácia do medicamento homeopático, por ser usado em
pequenas doses, está ligada à qualidade do medicamento escolhido, e não à
sua quantidade. É a escolha criteriosa do medicamento para cada
paciente, de forma que este seja sensível ao mesmo (escolha qualitativa ) que pode fazê-lo reagir ao mesmo, ainda que a pequenas doses. Eis o segredo do seu funcionamento: Isto se deve à aplicação lei dos semelhantes
. Usar o mesmo
medicamento para um conjunto de indivíduos que não apresentem
semelhanças sintomatológicas entre si e nem tampouco com o medicamento
utilizado, e desejar efeitos, é puro desconhecimento sobre o assunto.
Outro objetivo dessas manifestações de ataque contra a homeopatia se dão
também no sentido de
querer afastá-la dos serviços de saúde pública nos países onde a mesma está presente. A
preocupação que os move não é com os gastos com a
homeopatia nos serviços públicos onde a mesma está inserida, pois estes
não são capazes de desequilibrar nenhum orçamento. A humanidade, que nos
tempos modernos, se vê às voltas com inúmeras doenças, sejam as crônico
degenerativas, sejam as epidêmicas infecto-contagiosas emergentes ou
re-emergentes, que desafiam os sistemas de saúde do mundo todo para
serem enfrentadas e resolvidas de forma definitiva, encontrando limites
no conhecimento; na tecnologia; na capacidade de solução definitiva; nos
custos financeiros cada vez mais elevados aos sistemas sanitários,
ainda que conte com grandes avanços e conquistas nos conhecimentos e na
tecnologia médico-farmacêutica, continua tendo na HOMEOPATIA uma aliada,
se somando aos outros esforços das diversas especialidades na área
médica.
Sabemos que a crise econômica na EUROPA e nos EUA tem
feito com que empresas manifestem seu lado mais selvagem, na competição
pelo mercado. No entanto, queremos afirmar que isto jamais se deve fazer
às custas da saúde e da vida humana. REPUDIAMOS TAIS AÇÕES E
REAFIRMAMOS O RESPEITO À VIDA.
No Brasil, a HOMEOPATIA está presente há 170 anos,
prestando serviços ao nosso povo desde então, inclusive aos escravos,
que não tinham garantias de atendimento público de saúde e muito menos
privado, nos primeiros tempos de sua chegada a este País. Hoje, há uma
grande luta pela ampliação de sua presença no SUS e nas UNIVERSIDADES.
Tem o seu reconhecimento como especialidade médica junto ao Conselho
Federal de Medicina desde 1980, e vem construindo um grande
amadurecimento nas relações institucionais, particularmente mais intenso
no convívio fraterno com todas as outras especialidades médicas, junto
ao Conselho Federal de Medicina e à Associação Médica Brasileira. Neste
sentido, os médicos homeopatas se prestam à mesma luta pelo
aprimoramento e respeito ao trabalho médico, dividindo com todas as
especialidades irmãs, a
responsabilidade de elevar o prestígio e a qualidade da
nossa medicina. Por isso, o nosso repúdio a este movimento de
pseudo-céticos ingleses,
que procuram expandir mundo afora os seus ataques à Homeopatia, que
insultam deliberadamente a inteligência, a autonomia, as instituições, a
auto-determinação e a soberania da nação brasileira!
Dr. Carlos Alberto Fiorot,
Presidente da ASSOCIAÇÃO MÉDICA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA