sábado, 27 de agosto de 2011

Assad: “Não se pode dizer a um povo que aceite a colonização”

De como os cretinos tabem querem desestabilizar a Síria para continuar a sanha assassina  do latrocinio de todas as nações do planeta
a serviço dos Mega Agiotas Internacionais

“Para alcançar seus objetivos em nossa região, eles citam sempre os direitos humanos, mas quem são os responsáveis pelo resultado das guerras, pelas crianças órfãs, pela gente pobre, e a Líbia, o Iraque?”, afirma o presidente da Síria, Bashar al Assad, em entrevista transmitida pela Telesur

"Não se pode dizer a um povo que ele tem que aceitar a colonização, não se pode dizer a um povo que resiste, que abandone seus princípios, isso só se diz a um povo ajoelhado, submisso”, afirmou o presidente da Síria, Bashar al Assad, em entrevista realizada pela televisão estatal síria no domingo, e transmitida pela Telesur. A Síria tem enfrentado grupos terroristas patrocinados pelos Estados Unidos e Europa na tentativa de desestabilizar o governo de Assad, que defende com firmeza suas posições em defesa dos direitos do povo palestino, da retomada das Colinas de Golã, hoje ocupadas por Israel, e sua relação soberana com a Resistência no Líbano.

“Eles falam em direitos humanos. Se queremos falar somente sobre essa posição falsa que eles utilizam sempre para alcançar seus objetivos em nossa região, os direitos humanos, vamos olhar para os últimos anos, para a história recente, e o que vemos é o Afeganistão, o Iraque, a Líbia... Quem é o responsável pela tragédia que está acontecendo na Líbia, quem é o responsável pelas vítimas que caem nessa região? Quem é o responsável pelo resultado das guerras, pelos feridos, pelas crianças órfãs, pela gente pobre?”

Referindo-se às reformas que estão sendo empreendidas no país, recebidas negativamente pelo Ocidente, o presidente diz: “para eles, a reforma não é o objetivo”. “Não querem que façamos reformas, eles querem que o país seja retrógrado, que volte ao passado. Aqueles que nos criticam, os países colonizadores, nunca estão satisfeitos com nosso comportamento, o que querem é que abandonemos a nossa soberania, a nossa resistência, os nossos direitos, não querem que lutemos contra nossos inimigos, esse tem sido o comportamento constante por parte deles”.

“Daí que nossa relação com esses países é uma luta pela soberania, e a causa é a situação geográfica e estratégica da Síria. É um tema que não começou agora. Sempre insistiram em intervir em nossos assuntos internos e nós sempre insistimos que a Síria é intocável, não se mexe na sua independência, na sua soberania”.
Para o presidente, o país no momento está entrando numa fase em que o mais importante agora não é somente a questão da segurança, “mas a consciência do povo sírio, que está salvando o país”.

“Agora a situação está evoluindo, e podemos dizer que tivemos uma pequena melhora. Tivemos alguns sucessos, que não podemos mencionar por questões de segurança”.

“A situação da Síria é de solução política, mas quando há uma situação de segurança temos que enfrentá-la para salvaguardar as instituições, temos que conservar a paz interna com a ajuda dos mecanismos de segurança. Para ser claro, na Síria a solução é política, mas esta solução não pode acontecer sem conservarmos a paz interna”.

O presidente falou sobre o chamamento ao diálogo que está ocorrendo no país para a discussão das reformas e da Constituição. "Vamos passar a uma etapa de transição. Queremos ir aos Estados, queremos discutir as questões dos trabalhadores, dos partidos, questões que têm que amadurecer. Este diálogo interno é necessário. É normal que haja uma revisão geral de toda a Constituição com todos os seus artigos, sobre todos os pontos políticos”.

Perguntado sobre se o país terá eleições próximas, Bashar al Assad explicou que nos próximos dias serão definidos os nomes para o comitê encarregado de revisar a Lei dos Partidos Políticos e a Lei da Direção Interna, que legislam sobre as eleições.

“Tudo depende da nova lei e também da transparência que tem que aportar essa lei. Essa lei depende do eleitor. Será que vamos seguir com a forma antiga, ou vamos falar de coisas novas, de aspirações novas do eleitor? De agora em diante, qualquer um que queira formar um partido político tem o direito de fazê-lo, de acordo com a nova lei. Quando esta lei for promulgada, nos próximos dias, dentro de três meses podemos ter eleições internas, depois a revisão da Constituinte, num prazo de três a seis meses. O objetivo é dar oportunidade para que os novos partidos possam participar das eleições parlamentares, que devem acontecer em fevereiro do ano que vem. Com isso podemos terminar com a etapa das reformas nacionais”.

“Para mim, o mais importante é como podemos impulsionar os jovens para defenderem as instituições do Estado. O que temos visto nas conversas com os jovens nos últimos dias é que existe um grande sentimento e um grande medo de que sejam marginalizados. A juventude tem o poder, tem a energia, então queremos dar a esses jovens o seu papel na sociedade, levá-los em conta, esse é um ponto muito importante”.

Quanto a pressão econômica exercida pelos Estados Unidos, o presidente diz: “Quando se fala em bloqueios recentes, eu digo que sempre tivemos bloqueio por parte dele e seus aliados. Não há dúvida que este pode ter influência sobre nossa economia, mas nos últimos meses nossa situação econômica tem evoluído e está melhor do que antes, incluindo o turismo, que é muito importante para a Síria”.

“Quando eles começaram com o bloqueio em 2005, a situação era uma, mas agora o cenário mundial está aberto, há muitas outras possibilidades, eles não são os únicos. Temos desenvolvimento interno, podemos cobrir nossas necessidades, a posição da Síria também é necessária para a economia da região. Se nossa economia falha, isso também vai se refletir nos países da região, então não temos que temer, temos que ter ânimo porque isso não vai nos quebrar. Temos que manter nosso intercâmbio comercial de maneira normal e natural”.

“A Síria sempre saiu fortalecida depois de cada crise. Temos uma civilização de cinco mil anos, desde antes das escrituras, somos os mais antigos. Este povo, em todas as suas etapas, tem adquirido fortaleza, não podemos cair, nada pode nos derrubar. Então, o mais natural agora é que nos sintamos mais tranquilos, porque eu me apoio neste povo que sempre saiu mais forte de todas as crises e de todos os conflitos".