Documento da CIA prevê fim de Israel nos próximos 20 anos
Suposto documento aponta para saída em massa da população israelense diante do aprofundamento da polarização entre a crise do Estado sionista e um levante revolucionário das massas palestinas
24 de março de 2009
Um estudo desenvolvido pela CIA acaba de vazar na imprensa. Apesar do silêncio geral entre os meios de comunicação, o relatório divulgado entre um restrito número de políticos e oficiais militares lança dúvidas sobre a capacidade de sobrevivência de Israel nos próximos 20 anos, prevendo uma saída em massa da população israelense que se instalou na região há muitas décadas atrás.
O relatório prevê um êxodo de mais de dois milhões de israelenses que pretendem emigrar para os EUA nos próximos 15 anos.
"Há cerca de 500 mil israelenses com passaporte norte-americano e mais de 300 mil vivendo na Califórnia", declarou o advogado especializado em direito internacional, Franklin Lamb, em entrevista para a Press TV.
Lamb disse ainda que aqueles que não têm passaporte norte-americano ou de outra nação ocidental já deram entrada nos pedidos.
O relatório da CIA compara essa tendência catastrófica para o imperialismo com a queda do regime de Apartheid na África do Sul, a desintegração da URSS no começo dos anos 90 e destaca que o sonho de uma "terra israelense" acabará mais cedo ou mais tarde.
O estudo prevê também o retorno de 1,5 milhão de israelenses para a Rússia e outras partes da Europa, e ressalta "o declínio da natalidade entre os israelenses e sua correspondente ascensão entre a população palestina".
O relatório destaca "um inexorável movimento afastando-se da tradicional proposta de 'dois Estados' para a formação de um Estado único, baseado nos princípios democráticos da plena igualdade de direitos, o que anularia o nebuloso espectro do Apartheid colonial, bem como permitiria o retorno dos refugiados de 1948 e 1967. Trata-se, com efeito, de uma pré-condição para qualquer processo de paz sustentável na região".
Não há confirmação se o documento é falso ou verdadeiro, mas o fato é que Israel está na sombra da crise imperialista.
Tudo que Israel conquistou desde sua criação em 1948 está desmoronando de podre. Com duas derrotas militares em menos de três anos - uma em 2006 para o Hezbolah e outra neste ano para o Hamas - não há mais nenhum sinal daquele Estado forte e poderoso que derrotava em apenas seis dias vários exércitos árabes ao mesmo tempo.
Aguarda-se para o próximo período tempos fúnebres para o Estado sionista. Barack Obama se esforça para evitar que se forme em Israel um governo de extrema-direita liderado por Benjamin Netanyahu e Avigdor Lieberman. Ambos representam a polarização à direita diante da mobilização revolucionária das massas palestinas e árabes.
A última barreira de contenção da revolução palestina foi aniquilada durante os 22 dias de massacre na Faixa de Gaza. O massacre israelense em Gaza, ocorrido entre 27 de dezembro e 18 de janeiro, deixou mais de 1.300 palestinos mortos, dentre eles centenas de mulheres e crianças. Ao menos metade destes mortos são de responsabilidade do corrupto e pró-imperialista Fatah, que participou ativamente deste genocídio como agente do sionismo.
Israel passa por sua pior crise política na história. Assim como os EUA estão fracassando no Iraque e no Afeganistão, o projeto imperialismo de estabelecer um enclave no Oriente Médio está fadado ao fracasso.