Síria anuncia
a chegada de navios de guerra russos a suas águas territoriais
Barcos de guerra russos entraram em águas territoriais da Síria, com o
objetivo de realizar exercícios militares e demonstrar a disposição de
evitar qualquer ataque da OTAN ao país sob pretexto de uma “intervenção
humanitária”, como ocorreu na invasão e destruição da Líbia, informou a
agência de notícias síria, SANA. A medida foi considerada um recado aos
Estados Unidos de que Moscou não aceitará uma intervenção estrangeira nos
assuntos internos do país árabe.
O Ministro de Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, respondeu as
acusações da OTAN de que o presidente Bashar al-Assad realiza uma sangrenta
repressão contra inocentes manifestantes, assinalando que há grupos
provocadores incitados desde o exterior que levaram a situação para uma
guerra civil.
Ao comentar as exigências da OTAN sobre a “proteção da população civil” da
Síria, Lavrov lembrou que apelos semelhantes precederam a tragédia na
Líbia e que precisamente esse mote levou posteriormente a graves violações
do mandato da ONU e aos bombardeios que “em vez de proteger os civis, os
mataram”, divulgou a agência russa Novosti.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner disse que a
declaração da Rússia de que a Síria está numa guerra civil não é verdadeira:
“acreditamos que é em grande medida o regime de Assad que leva uma campanha
de violência, intimidação e repressão contra manifestantes inocentes”,
falou.
Foi a mesma versão divulgada quando os mercenários respaldados pela OTAN
comandaram aviões de combate e dispararam granadas atiradas por foguetes na
Líbia, e diziam que eram “manifestantes inocentes”, informou a Novosti.
Governo russo
poderá instalar mísseis em Kaliningrado para dissuadir ameaças dos EUA
“Se outras medidas são insuficientes, o governo da Rússia
instalará mísseis, como por exemplo o Iskander, no oeste e no sul do país
com o objetivo de prevenir possíveis danos ocasionados pela defesa
antimísseis instalada pelos EUA na Europa”, foi o que declarou na
quarta-feira (23) o presidente russo Dimitri Medvedev à agencia de notícias
Itar-Tass diante da decisão dos EUA em instalar mais mísseis na Europa.
Medvedev deu instruções ao Ministro da Defesa e às Forças
Armadas russas para que ponham em operação uma estação de radar de
advertência rápida em Kaliningrado e que modernizem a proteção das forças
nucleares estratégicas da Rússia. Além disso declarou que o país instalaria
os mísseis Iskander na região de Kaliningrado e Krasnodar. Esses mísseis
estariam equipados com dispositivos que lhes permitiria traspassar os
escudos antimísseis e destruir a capacidade de guia e de informação dos
mísseis norte-americanos.
Medvedev advertiu que se a situação em relação aos
escudos antimísseis dos EUA na Europa continuar estancada ou
desenvolvendo-se de forma desfavorável a Rússia poderia retirar-se do START
– Tratado de Redução de Armas Estratégicas com os EUA, embora o presidente
russo tenha reiterado sua disposição em continuar as conversações com os EUA
desde que as preocupações com a segurança da Rússia estejam incluídas.
“Ainda não é tarde para se chegar a um acordo desse tipo”, afirmou Medvedev.
Apesar das chica-nas contra a Síria vítima da ingerência
externa dos EUA que quer derrubar o Presidente Bashar Al Assad, a Rússia
prossegue mantendo normalmente a cooperação técnica com a Síria que prevê a
disponibilização de mísseis antiembarcação “Yakhont” e mísseis costeiros
móveis “Bastion” sob os protestos de Israel e dos EUA que se opõem ao acordo
entre os dois países.
R.C.