quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Síria anuncia a chegada de navios de guerra russos a suas águas territoriais

Barcos de guerra russos entraram em águas territoriais da Síria, com o objetivo de realizar exercícios militares e demonstrar a disposição de evitar qualquer ataque da OTAN ao país sob pretexto de uma “intervenção humanitária”, como ocorreu na invasão e destruição da Líbia, informou a agência de notícias síria, SANA. A medida foi considerada um recado aos Estados Unidos de que Moscou não aceitará uma intervenção estrangeira nos assuntos internos do país árabe.
O Ministro de Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov, respondeu as acusações da OTAN de que o presidente Bashar al-Assad realiza uma sangrenta repressão contra inocentes manifestantes, assinalando que há grupos provocadores incitados desde o exterior que levaram a situação para uma guerra civil.
Ao comentar as exigências da OTAN sobre a “proteção da população civil” da Síria, Lavrov lembrou que apelos semelhantes precederam a tragédia na Líbia e que precisamente esse mote levou posteriormente a graves violações do mandato da ONU e aos bombardeios que “em vez de proteger os civis, os mataram”, divulgou a agência russa Novosti.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Mark Toner disse que a declaração da Rússia de que a Síria está numa guerra civil não é verdadeira: “acreditamos que é em grande medida o regime de Assad que leva uma campanha de violência, intimidação e repressão contra manifestantes inocentes”, falou.
Foi a mesma versão divulgada quando os mercenários respaldados pela OTAN comandaram aviões de combate e dispararam granadas atiradas por foguetes na Líbia, e diziam que eram “manifestantes inocentes”, informou a Novosti.

Governo russo poderá instalar mísseis em Kaliningrado para dissuadir ameaças dos EUA
 
“Se outras medidas são insuficientes, o governo da Rússia instalará mísseis, como por exemplo o Iskander, no oeste e no sul do país com o objetivo de prevenir possíveis danos ocasionados pela defesa antimísseis instalada pelos EUA na Europa”, foi o que declarou na quarta-feira (23) o presidente russo Dimitri Medvedev à agencia de notícias Itar-Tass diante da decisão dos EUA em instalar mais mísseis na Europa.
Medvedev deu instruções ao Ministro da Defesa e às Forças Armadas russas para que ponham em operação uma estação de radar de advertência rápida em Kaliningrado e que modernizem a proteção das forças nucleares estratégicas da Rússia. Além disso declarou que o país instalaria os mísseis Iskander na região de Kaliningrado e Krasnodar. Esses mísseis estariam equipados com dispositivos que lhes permitiria traspassar os escudos antimísseis e destruir a capacidade de guia e de informação dos mísseis norte-americanos.
Medvedev advertiu que se a situação em relação aos escudos antimísseis dos EUA na Europa continuar estancada ou desenvolvendo-se de forma desfavorável a Rússia poderia retirar-se do START – Tratado de Redução de Armas Estratégicas com os EUA, embora o presidente russo tenha reiterado sua disposição em continuar as conversações com os EUA desde que as preocupações com a segurança da Rússia estejam incluídas. “Ainda não é tarde para se chegar a um acordo desse tipo”, afirmou Medvedev.
Apesar das chica-nas contra a Síria vítima da ingerência externa dos EUA que quer derrubar o Presidente Bashar Al Assad, a Rússia prossegue mantendo normalmente a cooperação técnica com a Síria que prevê a disponibilização de mísseis antiembarcação “Yakhont” e mísseis costeiros móveis “Bastion” sob os protestos de Israel e dos EUA que se opõem ao acordo entre os dois países.
R.C.

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