quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Presidente do Zimbábue denuncia na ONU crimes da Otan (exército do anti cristo) na Líbia

O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, denunciou na 66ª Assembleia da ONU que a Otan realizou 20 mil ataques aéreos contra Trípoli e as outras cidades líbias, deixadas em escombros, e agora os países agressores abertamente clamam pelo petróleo líbio, “indicando que o real motivo” foi “controlar e possuir” as abundantes reservas da Líbia.
“Ontem foi o Iraque e os mentirosos Bush e Blair”, assinalou o presidente africano, apontando que “os mentirosos de agora são os países da Otan que, similarmente, fizeram alegações infundadas sobre destruição de vidas de civis por Kadafi”. Para levarem a cabo uma agressão “brutal e flagrante” contra a Líbia.
Mugabe advertiu sobre a manipulação da Carta da ONU em proveito das grandes potências. Se é para que se mantenha a paz regional e internacional, a Carta tem de serestritamente obedecida por cada um e por todos os membros”, afirmou. “Não podemos dizer que seja o que está prevalecendo, haja visto os Estados da Otan versus Líbia”. Ele acrescentou que “quaisquer que tenham sido os distúrbios políticos em Bengazi, jamais foi dada uma chance ao processo de mediação e negociação pacífica” conduzido pela União Africana e apoiado por vários países.
O presidente condenou a “rápida evocação do capítulo VII da Carta [da ONU” com “grosseira e deliberada má interpretação do alcance da proteção aos civis” e a flagrante exclusão do processo de negociação e da decretação de um cessar fogo. “Não se deve permitir que querelas ou contendas bilaterais sejam alçadas a considerações de ameaças pertinentes à paz e segurança internacional”, apontou Mugabe.
Mugabe se referiu ainda ao recém engendrado “princípio da Responsabilidade de Proteger” (R-2-P) e ao risco de manipulação para “dar cobertura a abusos pré-deliberados com objetivo de violar o sagrado princípio internacional da não-interferência nos assuntos internos”. “O que equivale a um ato de agressão e desestabilização de um Estado soberano”. Ele afirmou, também, que a Corte Penal Internacional “parece existir apenas para supostos violadores de países em desenvolvimento, a maioria deles africanos”. “Para os líderes dos poderosos Estados ocidentais culpados de crimes internacionais, como Bush e Blair”, tal ‘justiça’ é “cega”, completou.

Fonte: http://www.horadopovo.com.br/

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