Soldados israelenses agrediram, dia 16, uma
atleta inglesa que participava de uma maratona na cidade de Jerusalém.
Apresentada por Israel como inocente evento
esportivo internacional, faz parte de uma série de ações para legitimar a
anexação da cidade palestina. Poppy Hardee, que mora em Belém, usou a cidadania
inglesa para participar da maratona.
Mas quando os soldados do apartheid viram Hardee correr portando uma bandeira palestina, arrancaram a mesma de suas mãos e cuspiram na bandeira.
Os abusos contra
menores palestinos nos cárceres do regime de apartheid de Israel
O trato que recebem os menores palestinos detidos por forças
de segurança israelense inclui interrogatórios sem que os jovens estejam na
presença de um advogado, que se encarcere em celas de isolamento e sobretudo,
que sofram maus tratos. Defence for Children International –DCI- deu cifras e
nomes a essas preocupações, vem copilando durante quatro anos os casos e
testemunhos de menores palestinos detidos e encarcerados em Israel. A
investigação, que conta com o apoio da União Européia, fala de "um padrão de
abusos sistemáticos e de alguns casos de torturas praticadas a crianças
encarceradas nos centros militares.
A lei militar israelense se aplica aos palestinos da
Cisjordânia, sob ocupação desde 1957. O exercito de Israel detém, interroga e
encarcera entre 500 e 700 menores a cada ano, segundo dados das Nações Unidas
recolhidos no informe que hoje publica DCI.
O estudo do DCI mostra que nos 75% dos casos, até 234 menores
sofreram algum tipo de violência física durante ou depois da detenção. Os 57%
dos detidos receberam ameaças e 12 foram encarcerados em uma cela de isolamento.
Estes dados durante os últimos anos, assim como as entrevistas com um dos
advogados que representa aos menores nos juizados militares, experts em
psicologia infantil e um soldado entre outros. Outras organizações israelenses
como Btselem ou Phisicians for Human Rights também tem condenado reiteradamente
o trato que recebem os menores palestinos nos cárceres israelenses.
Mark Regev, portavoz do primeiro ministro israelense,
declarou que "quando as autoridades militares detém menores, o fazem de acordo
com os procedimentos específicos necessários". O Exército de Israel acrescenta
em comunicado que são menores de 16 anos e explicam que desde 2009 funcionam na
Cisjordânia tribunais militares especiais para menores cujo objetivo é adequar o
trato às características do acusado.
Tanto a DCI como as demais organizações que analisam a sorte
que correm os menores depois de submetidos a detenção consideram que estes
tribunais não tem acabado com os abusos nem com a falta de garantias processuais
na maioria dos casos.
O padrão das detenções dos menores cisjordâneos é habitualmente muito
parecido. Somente ocorrem durante à noite. Os blindados entram nos povoados e
pegam os menores em suas casas, manietados e com os olhos vendados. Os levam até
um centro de detenção para interrogá-los, sem que possam ser acompanhados de
nenhum familiar, e sem que muitas vezes tenham advogado presente durante o
interrogatório. Uma das acusações mais freqüentes é haver lançado pedras contra
o Exército ou contra colonos assentados nos territórios palestinos. Em quase um
terço dos casos estudados, obrigam aos menores a firmar documentos em hebraico
que não compreendem. Num prazo de oito dias, os menores comparecem, com algemas
em seus tornozelos ante um tribunal castrense situado em Israel, em violação do
artigo 76 da Quarta Convenção de Genebra que proíbe tais transferências. É então
quando têm condições de ver pela primeira vez a seus familiares, sempre que
estes consigam as permissões necessárias em tempo para entrar no país. Cerca de
dois terços dos menores detidos acabam encarcerados numa prisão israelense,
segundo dados da DCI. Publicamos acima os principais trechos de artigo de Ana Carbajosa, do jornal El País, traduzido pelo professor Cláudio Fajardo
http://www.horadopovo.com.br/
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