sábado, 3 de março de 2012

“Ocupem Wall Street” realiza jornada contra corporações em 70 cidades norte-americanas

O movimento Ocupem Wall Street (OWS) organizou, na quarta-feira (29), uma jornada de ação contra as corporações ao largo dos Estados Unidos, com manifestantes protestando na sede de empresas multinacionais e bancos como Pfizer, Bank of America ou Monsanto. O protesto aconteceu em Nova York, Denver (Colorado), Oakland (Califórnia), assim como ao redor de outras 70 cidades.

Em Nova Iorque, centenas de pessoas com faixas e cartazes se manifestaram frente ao prédio da farmacêutica Pfizer e uma sucursal do Bank of America, empresas que participam no Conselho de Intercâmbio Legislativo estadunidense (Alec, por sua sigla em inglês), organização que reúne legisladores e membros das direções dos monopólios privados nos Estados Unidos.

“Não queremos que as grandes empresas dirijam nossa democracia”, explicou à agência AFP o manifestante, Michael Levitin, referindo-se ao motivo da jornada de ação nacional.

Em Denver , do Civic Center Park saiu uma manifestação para a sede do Alec, informou a página do OWS- www.occupywallst.org.
A Alec vincula legisladores nacionais e dos estados com as empresas de pesquisa e, ao apoiar as corporações, enfrenta a oposição dos sindicatos, entidades de massa e parlamentos, comentou um colunista do site The Huffington Post.

As maiores corporações nos Estados Unidos, como ExxonMobil, Bank of America, BP, Monsanto, Pfizer e Wal-Mart usam a Alec para subornar legisladores, que decretam leis que só servem aos interesses desses conglomerados e não aos interesses das pessoas, explica a convocação.

Algumas medidas fortemente criticadas são a legislação antitrabalhista de Wisconsin e a lei SB 1070 no Arizona, engendro racista que criminaliza emigrantes sem documentos. De acordo com o comunicado, esses são exemplos recentes e destrutivos que demonstram para que as corporações usam a Alec.

“O poder corporativo, e a Alec em específico, corroem nossa democracia, socavam os direitos dos trabalhadores e os sindicatos, destroem o meio ambiente, obstaculizam os esforços para abordar a mudança climática, ameaçam a educação pública e defendem práticas agrícolas destrutivas”, acrescentou o texto.

O movimento Ocupem Wall Street, nascido em setembro de 2011 em Nova Iorque e que depois foi se ramificando a outras cidades dos Estado Unidos, denuncia as crescentes desigualdades e o poder do dinheiro na política estadunidense.

Foi convocada uma manifestação em Nova Iorque em 17 de março próximo para festejar os seis meses de existência do OWS, anunciou na quarta-feira, um dos ativistas da organização, Yoni Miller.


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