domingo, 1 de abril de 2012

Advogada busca organizar ação contra Anvisa sobre próteses de silicone defeituosas

Vigilância Sanitária argumenta que não cabia a ela fazer a análise laboratorial de implantes da marca francesa PIP.
Soraya Casseb de Miranda Barbosa, advogada de São Paulo, está buscando um grupo de pacientes com próteses de silicone francesas defeituosas da marca Poly Implant Prothèse (PIP) para elaborar uma ação coletiva envolvendo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa e o governo francês.
Ela é esposa do cirurgião André Luis de Miranda Barbosa, que tem consultório em São Paulo. André afirma que colocou as próteses francesas em cerca de 100 mulheres, antes do veto à venda desse silicone em 2010. “Quem foi desonesta foi a Anvisa”, avalia. “Eles tinham que fiscalizar e não fiscalizaram. É como quando você compra um xarope, você acha que a Anvisa analisou a medicação.”
A Vigilância Sanitária afirma que não cabe a ela fazer a análise laboratorial, só checar a documentação apresentada pela importadora. A advogada já havia entrado com uma ação de uma paciente de Barbosa, que teve a prótese do seio esquerdo rompida no ano passado. O alvo foi a EMI Importação e Distribuição, que vendia as próteses PIP no Brasil. Por força de liminar, a empresa pagou custos das cirurgias de remoção e de troca do implante. “A empresa fechou, não paga mais nada. Quem paga a remoção das próteses das outras mulheres?”
Por enquanto, elas estão arcando com os custos sozinhas. Um par de próteses vale, em média, R$ 1.500. Os hospitais cobram cerca de R$ 2.500, e o médico pode variar de R$ 1.000 a R$ 10 mil.
Informações de Folha.com

Deveriamos todos nos organizar e processar a ANVISA exigindo indenização pelos agrotóxicos que ela libera e envenena todos nós trazendo até deformações congenitas, matando e mutilando em todo o Brasil... além de vários remédios que lá fora são proíbidos e aqui a cara de pau da ANVISA libera.

PARACETAMOL MATA

O paracetamol é o princípio ativo do conhecido produto de uma poderosa multinacional farmacêutica, sendo o analgésico/antitérmico mais vendido no mundo, graças ao Food and Drugs Administration dos Estados Unidos (FDA), que durante décadas reforçou a idéia de tratar-se de uma droga segura e eficaz.
Pois bem, relatos de estudiosos no assunto indicam o paracetamol como extremamente tóxico ao fígado, mesmo em doses muito próximas da faixa terapêutica, podendo resultar em extensa destruição deste órgão, que deixando de produzir os fatores de coagulação do sangue, desencadeia hemorragias incontroláveis. Nos casos mais graves, o paciente somente não evoluiria para óbito, caso realizasse transplante de fígado.
Neste momento, o próprio FDA está em vias de definitivamente colocar o paracetamol em altíssico grau de suspeição, restringindo e controlando sua indicação com status de medicamento tarja preta.
O mais trágico desta história é que o quadro clínico da intoxicação pelo paracetamol é silencioso nas primeiras 12 a 24 horas, e quando surgem sintomas como: forte dor abdominal, vômitos, intensa dor de cabeça, diminuição da temperatura corporal, sangramentos e instabilidade circulatória com queda da pressão arterial, imediatamente são atribuídos à Dengue Hemorrágica (DH) e não ao uso do paracetamol.

Fonte: Renan Marino em Revista Repórter Fecomerciários ano 16 n. 207 março/abril de 2009 Federação dos Empregados no Comércio do Estado de São Paulo 
http://trabalhosaudeseguranca.blogspot.com.br/2009/06/paracetamol-mata.html

Médico explica os riscos do paracetamol e diz que não sabe por que remédio continua no mercado

Veja a entrevista em vídeo


Da Redação

Pesquisa divulgada pela revista científica New Scientist alerta sobre os riscos que o paracetamol traz para a saúde depois que foi divulgado que o analgésico se tornou a principal causa de insuficiência hepática nos Estados Unidos. O estudo mostra que a proporção de problemas no fígado causados pelo medicamento chegou a 51% do total em 2003. Em 1998, esta proporção era de 28%.

Os cientistas americanos responsáveis pelo estudo chegaram à conclusão de que 20 comprimidos de paracetamol por dia são suficientes para causar insuficiência hepática e levar à morte - a dose máxima recomendada é de oito.

Em entrevista ao UOL News, o toxicologista Anthony Wong, do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas, deu uma aula sobre o que se deve e o que não se deve fazer no uso do paracetamol, admitiu não saber por que o remédio ainda continua no mercado e explicou que a dosagem perigosa varia de pessoa para pessoa.

"A quantidade de comprimidos é altamente variável. Só aqui no Brasil tem comprimido de 750mg. Na Inglaterra só tem de 500mg e de 360mg. Nos Estados Unidos existem comprimidos de até 1g, mas isso ainda é muito restrito. Nos Estados Unidos, inclusive, já há restrições, com advertência de caixa preta, para que as pessoas não tomem paracetamol com bebida alcoólica. Se tomar mais de 3 doses de bebida alcoólica não pode tomar paracetamol."

Ainda sobre a dosagem, lembrou: "20 comprimidos é uma dose média, mas há pessoas que já tiveram falência hepática tomando 8 comprimidos de 500mg, que dá 4g. É importante salientar que a máxima diária são 4g de paracetamol, desde que não tenha álcool, problema hepático ou o paciente não esteja tomando um outro remédio."

Nada de paracetamol na ressaca
Ele contou que a velha prática de tomar um comprimido com paracetamol em dias de ressaca para combater a dor de cabeça deve ser completamente abolida da vida das pessoas. "É uma boa advertência para essa época de natal e ano novo. Não se pode tomar um porre e depois tomar paracetamol, pois pode causar lesão hepática fulminante mesmo em doses menores do que 20 comprimidos. Também não pode tomar aspirina, porque ela aumenta o sangramento gástrico."

Para Anthony Wong, a pesquisa vem numa boa hora. "É importante e muito bem-vindo o alerta, porque os americanos e principalmente os brasileiros tomam remédios como se fossem 'M&Ms'. Não pode." Ele contou que nos Estados Unidos, além da morte causada por falência hepática, o paracetamol é a principal causa de morte por intoxicação de todos os remédios que existem no país."

"Então por quer ainda está no mercado?", perguntou a jornalista. "Nos Estados Unidos tem um forte trabalho de marketing em cima do FDA. Já na Europa há muitas restrições. Na Inglaterra, por exemplo, só se pode comprar uma caixa por mês."

Segundo o médico, febre muito alta, jejum prolongado ou vômito prolongado em crianças ou adultos são muito perigosos. "Isso esfolia a pessoa de radicais que são necessários para neutralizar o paracetamol."

O efeito no fígado
Segundo o médico, o efeito do paracetamol no fígado é tardio. "Depois de 12 horas a pessoa começa a sentir náuseas. Depois de 24 horas começa a ter dor de cabeça muito forte por causa da lesão do fígado. E aí não adianta dar nada, porque o antídoto só funciona, na melhor das hipóteses, antes de 24 horas. Depois disso é muito tarde."

Ele contou que há 3 anos saiu na Pediatrics um estudo alertando para esse efeito, dizendo que uma criança que tomou paracetamol e está vomitando poderia estar com overdose de paracetamol. "E tanto é verdade que muitos centros já aplicam um antídoto quando uma criança que tomou paracetamol é atendida e a mãe não sabe dizer qual foi a dose. Depois fazem a dosagem. Se for baixa, suspendem o antídoto."

O paracetamol e a febre
Anthony Wong lembrou que vários antigripais contêm paracetamol. Lillian pediu para o médico citar alguns nomes-fantasia para que as pessoas pudessem saber de que remédio estão falando. Citou como alguns exemplos Tylenol, Naldecon, Cheracap, Cedrin e Dimetap. "Quase todos os antigripais têm paracetamol e muito facilmente causam overdose."

O especialista explicou que não se deve nunca começar um tratamento de gripe com aspirina. "Motivo: existe uma doença chamada Síndrome de Reye, que causa a destruição fulminante do fígado se a pessoa tomar aspirina e tiver propensão genética de destruição maciça no fígado." Ele contou que essa advertência sobre o uso da aspirina foi feita no fim da década de 70, começo da década de 80.

"Quando saiu essa advertência, a incidência de Reye nos Estados Unidos era mais ou menos de mil casos por ano. Praticamente 95% das pessoas morriam. No Brasil não era muito menor. Depois da advertência, o número de casos caiu para 25 ao ano. Isso demonstra que existe uma associação causal com uso da aspirina."

Alternativas
O médico deu algumas alternativas ao paracetamol. "Tenho uma certa preferência pela dipirona (novalgina), mas o ibuprofeno (advil para adulto e alivium para criança), que está entrando agora no mercado, é bastante seguro." Wong lembrou que nem a aspirina nem o paracetamol podem ser ingeridos em casos de dengue. O primeiro porque causa sangramento e o segundo porque ataca o fígado.

Sobre reação anafilática, Wong explicou que independe do medicamento. "Pode acontecer com qualquer remédio, desde dipirona, pinicilina (o mais comum de causar alergia), ácido acetilsalicílico, até picada de abelha. A dica é: evite ao máximo tomar remédio. Se precisar, tome com cautela, com cuidado, mesmo que seja a 1/10 de vez que estiver tomando aquele remédio."

O paracetamol e a estatina
A jornalista Lillian Witte Fibe perguntou a ele se é perigoso misturar o paracetamol com a estatina, que é usada para o controle do colesterol. "Ainda não foi demonstrada uma associação entre os dois. Parece que atuam em lugares diferentes dentro da célula hepática. Sabemos que alguns antibióticos, como a rifampicina, usada para tuberculose, e também alguns antibióticos da linha do cipro podem se associar ao paracetamol e provocar uma lesão de fígado."
 

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