sexta-feira, 1 de junho de 2012

Seminário Internacional denuncia crimes de guerra e condena OTAN


Partidos de 49 países se reúnem em Bruxelas e reafirmam compromisso anti-imperialista e defesa da soberania nacional

59 partidos comunistas e de trabalhadores de 49 países reuniram-se em Bruxelas na Bélgica de 18 a 20 de maio no XXI Seminário Internacional onde trocaram experiências sobre as principais questões políticas atuais nos países da África, Ásia, Oriente Médio, América e Europa, convidados pelo Partido do Trabalho da Bélgica.

Do Brasil participaram o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e o Partido Pátria Livre (PPL). Marcaram presença o Partido Comunista de Cuba, o PC do Vietnã, o PC da Federação Russa, o PC do Laos, o PC da Espanha, o PC de Portugal, o Partido Popular Socialista do México, a Via Democrática do Marrocos, o PC da Colômbia, o PC da Alemanha, a União Comunista da Ucrânia e a Frente de Libertação da Palestina, entre outros.
No mesmo momento em que a OTAN se reunia em Chicago, nos EUA, o Seminário de Bruxelas adotou uma resolução dizendo Não à OTAN e exigindo o fim dessa instituição militar imperialista. "Nos últimos anos os EUA e a OTAN levaram a guerra de agressão contra a Iugoslávia, Iraque, Afeganistão e Líbia. Hoje eles projetam novas intervenções e agressões militares, guerras abertas sobre todos os continentes, num contexto de crise mais profunda, no esforço de avançar ainda mais com a dominação dos monopólios capitalistas", diz a nota aprovada e prossegue: "nós continuaremos nossa oposição e nossa mobilização contra toda intervenção e guerra imperialista. Nós expressamos nossa solidariedade com todas as forças que resistem à ocupação e à agressão imperialista e defendem a soberania e independência de seu país. Continuaremos nossa luta de oposição e pelo fim da OTAN. Lutando contra essa aliança imperialista nós contribuímos à causa da paz mundial.", conclui a resolução.
Cuba
Foi aprovada uma resolução de apoio à Cuba que afirma que "O bloqueio dos EUA a Cuba que pretende apresentar-se como mais ‘flexível’ recrudesce. Exigimos seu fim imediato. Os EUA não podem continuar desatendendo os reclamos da comunidade internacional a qual tem rechaçado esta política genocida, violadora do direito internacional mediante 19 resoluções da ONU. Reclamamos igualmente ao presidente dos EUA que em um ato de justiça liberte os Cinco Herois prisioneiros nos EUA, inclusive René González que por decisão das autoridades americanas deverá permanecer em território dos EUA durante três anos, o que de fato prolonga sua condenação e o impede de unir-se aos seus familiares em Cuba" diz a nota e finaliza: "À União Europeia exigimos que elimine definitivamente a Posição Comum, e reconheça o direito do povo cubano a eleger livremente seu destino, sem interferências nem ingerências de nenhum tipo".
Palestina
O Seminário condenou Israel e EUA quanto a sua política em relação ao Oriente Médio e à Palestina: "Os participantes rejeitam os projetos americano-israelenses que visam a divisão e os conflitos no Oriente Médio. Condenamos as intervenções e as ingerências do imperialismo americano e seus aliados da OTAN nos assuntos internos dos países árabes. Condenamos igualmente a política de ocupação israelense dos territórios palestinos exigindo a paralisação e o fim da política de construção de colônias na Palestina. Exigimos que uma solução equitativa seja encontrada baseada sobre a criação de um verdadeiro Estado Palestino e o respeito ao direito do retorno dos refugiados palestinos à sua Pátria".
Irlanda
O Seminário aprovou também uma resolução de apoio ao povo irlandês que luta contra a imposição de cortes orçamentários e redução de direitos e salários pela União Europeia. "Consideramos os tratados da União Europeia como uma ameaça para os trabalhadores de todos os países do continente. Por isso sustentamos a campanha pelo Não no referendo de 31 de Maio. Se o Sim vencer o presente tratado (pacto fiscal) se traduzirá em mais miséria econômica, mais sofrimento para o povo Irlandês e para o povo da Europa". A Irlanda votará se é contra ou a favor de que o país inclua na sua constituição as "regras de ouro" da UE que impõem medidas de contenção de gastos públicos e limitam o déficit orçamentário.

No mesmo dia da reunião da OTAN nos EUA o Partido do Trabalho da Bélgica, junto a outras entidades do país, convocou uma manifestação em Bruxelas diante da sede da Bolsa de Valores contra a OTAN na qual o Brasil esteve presente através da participação de Ana Claudia Campos que representou o Partido Pátria Livre.

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