domingo, 29 de julho de 2012

Minutos após sair da toca, Tony Blair é vaiado por manifestantes: “terrorista”


Após ficar mais de um ano sem aparecer publicamente, o ex-primeiro-ministro da Inglaterra, Tony Blair, cúmplice de Bush na guerra contra o Iraque, foi cercado na última terça-feira por manifestantes que entoaram em coro palavras de ordem contra sua presença no bairro londrino de Westminster.
Informados pela televisão de que Blair iria dar uma palestra sobre “a religião na vida pública” em uma igreja metodista da localidade, dezenas de pessoas rapidamente se aglomeraram com faixas e cartazes para denunciar “o criminoso de guerra”. Ao coro de “Tony Blair, terrorista”, os manifestantes lembraram das centenas de soldados mortos e das centenas de milhares de iraquianos assassinados pelas tropas de ocupação da Otan, bem como das suas mentiras sobre a existência de armas de destruição em massa para justificar a guerra do Golfo.
O presidente da organização “Stop the War”, Johm Rees, lembrou que a aparição em um local religioso “é um plano coordenado para que Blair volte à vida pública”. Atualmente, lembrou, o ex-primeiro ministro é o principal promotor de uma campanha de agressão ao Irã. “Nosso protesto é pelo futuro e pelo presente. O presente, no sentido da continuação da guerra no Afeganistão e o futuro sobre a sua posição contra o Irã. Não há dúvida de que ele teria começado uma guerra contra a Síria se não fosse a oposição da China e da Rússia na ONU”, acrescentou.
Chris Nineham, também dirigente da organização pacifista, lembrou que Blair esteve no poder de 1997 a 2007, anos em que levou a Inglaterra a duas covardes agressões, contra o Afeganistão (iniciada em 2001 e que dura até agora) e o Iraque (de 2003 até 2011).
“Acreditamos que o homem que nos levou à guerra do Iraque com mentiras, matando a um milhão de civis iraquianos, centenas de soldados britânicos e levando esses países a retroceder várias décadas, deve ser levado à Justiça por seus crimes de guerra. Blair não deveria voltar à vida política nunca mais”, frisou Nineham.

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