Arcebispo Sul Africano, Desmond Tutu, Prêmio Nobel da Paz e herói do movimento contra com o regime racista do Apartheid, denuncia Tony Blair e George Bush em artigo no site "The Observer", domingo (2), por falsificação de informações sobre a existência de armas de destruição em massa no Iraque como pretexto para a criminosa invasão de 2003, e afirma que ambos devem ser julgados por crimes de guerra pela Corte Internacional de Justiça de Haia. Acrescentou que a "premissa na mentira de que havia armas de destruição em massa no Iraque desestabilizou o mundo" trazendo como consequência a possibilidade da invasão criminosa a Síria e Irã.
O artigo do arcebispo Tutu, sob o título, "porque não tive escolha a não ser tratar com desprezo Tony Blair", se refere ao encontro da cúpula de Joanesburgo quando abandonou imediatamente o local com a chegada do ex-primeiro-ministro inglês. Afirmou que em um mundo com as comunicações, transportes e armas incrivelmente sofisticadas, se faz necessário líderes que possam unir a humanidade e não levá-la ao precipício, "se os líderes podem mentir, então quem dirá a verdade?" E afirmou que não poderia se sentar ao lado de alguém que justificou a invasão do Iraque com uma mentira.
O arcebispo lembrou que a decisão unilateral com base em uma mentira levou a centenas de mortes no Iraque, tanto de soldados americanos quanto do povo iraquiano. E destacou ainbda que não é aceitável "um líder tomar uma decisão com base em uma mentira, e sem nenhum conhecimento".
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