“BRICS se
desenvolveram enquanto outros enfrentam uma grave crise”
Por ocasião da reunião dos BRICS na Índia nos últimos
dias, Vyacheslav Niconov, chefe do Conselho Diretivo da Comissão Nacional
para Estudos sobre os BRICS, declarou ontem (28) em Moscou que “o grupo
nomeado pelas siglas das principais economias emergentes integrado por
Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul testemunhou o desenvolvimento
de seus membros especialmente nos campos da economia e do comércio”.
Em entrevista a agência de notícias Xinhua, Niconov
destacou que “Os países do grupo dos BRICS aprofundaram sua coordenação e
cooperação durante os últimos anos” e que “ainda resta espaço para um maior
desenvolvimento das relações dentro do bloco”.
“Os países dos BRICS conquistaram muitos êxitos durante
os últimos anos, muitos deles sequer foram afetados pela crise econômica, ou
pelo menos, conseguiram manter um aumento tangível de seu crescimento no
período em que os países desenvolvidos estavam sofrendo graves problemas”,
continuou.
Nikonov assinalou também que “os membros do grupo se
recuperaram completamente da crise e são os principais motores do
crescimento econômico mundial, sobretudo China e Índia”. Ao elogiar a
cooperação econômica e comercial entre os BRICS Nikonov indicou que “Alguns
membros se converteram nos maiores sócios comerciais uns com os outros. Por
exemplo, a China tornou-se o maior sócio comercial da Rússia superando nesse
sentido a Alemanha pela primeira vez em 2010. Cresceu muito o volume de seu
comércio, assim como as quantidades de matérias primas e mercadorias
trocadas bem como os investimentos mútuos”, disse.
Nikonov ressaltou que “na arena internacional os BRICS
manifestaram várias vezes sua ação coordenada, sua cooperação política nas
Nações Unidas e têm se esforçado por trazer ao mundo uma ordem política mais
justa”. E assinalou que “sem embargo, os países têm grande potencial para
promover ainda mais sua cooperação na área econômica e em outros terrenos. A
situação financeira em que se encontram é mais saudável que a dos países
ocidentais que atualmente sofrem graves problemas com relação às suas
dívidas e déficits em seus orçamentos. Me mostro otimista sobre o futuro dos
BRICS”, concluiu o especialista russo.
R.C.
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