Milhares de
trabalhadores portuários da Grécia entraram em greve de 24 horas na quarta-feira
(26) contra o plano de privatização do porto de Pireus em Atenas, maior do país.
Durante a greve, o Parlamento grego discutia a privatização do porto proposta
por Antonis Samaras nos termos exigidos pela Troika (FMI, UE e BCE).
Os
trabalhadores das docas iniciaram sua concentração de greve no centro de Atenas,
e seguiram em marcha para a frente do Parlamento. Entre os manifestantes se viam
diversas faixas e camisetas com a palavra de ordem: “Não está a venda”. Ainda
próximo ao Parlamento, diante da sede do Ministério das Finanças, também estavam
milhares de agricultores em protesto, que já dura mais de um mês, contra o
aumento de imposto que prejudicará ainda mais a agricultura nacional.
O “plano” de
privatização que o Parlamento pretende aprovar inclui um dos terminais de
containers, um terminal de estacionamento, instalações de cruzeiro e uma doca de
reparação. Para os sindicatos, seguramente a privatização trará demissões para
os mais de 1.100 trabalhadores do porto. “O governo está no processo de exclusão
dos trabalhadores, e nós tememos demissões”, afirmou George Kelaidis,
trabalhador do porto há 26 anos.
Os outros dois
terminais de containers do porto já foram privatizados para a chinesa Cosco,
através de uma concessão de 35 anos em 2008. Dezenas de outros portos estão sob
a mira do programa de privatização do FMI, BC e BCE no país, como o porto de
Tessalónica, um dos principais do mar Egeu. Com as privatizações do portos o
governo espera arrecadar 3,5 bi de euros para repassar aos bancos.
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