segunda-feira, 10 de março de 2014

Grécia: nem o porto de Pireus escapa da sanha privatista da Troika e Samaras



Milhares de trabalhadores portuários da Grécia entraram em greve de 24 horas na quarta-feira (26) contra o plano de privatização do porto de Pireus em Atenas, maior do país. Durante a greve, o Parlamento grego discutia a privatização do porto proposta por Antonis Samaras nos termos exigidos pela Troika (FMI, UE e BCE).
Os trabalhadores das docas iniciaram sua concentração de greve no centro de Atenas, e seguiram em marcha para a frente do Parlamento. Entre os manifestantes se viam diversas faixas e camisetas com a palavra de ordem: “Não está a venda”. Ainda próximo ao Parlamento, diante da sede do Ministério das Finanças, também estavam milhares de agricultores em protesto, que já dura mais de um mês, contra o aumento de imposto que prejudicará ainda mais a agricultura nacional.
O “plano” de privatização que o Parlamento pretende aprovar inclui um dos terminais de containers, um terminal de estacionamento, instalações de cruzeiro e uma doca de reparação. Para os sindicatos, seguramente a privatização trará demissões para os mais de 1.100 trabalhadores do porto. “O governo está no processo de exclusão dos trabalhadores, e nós tememos demissões”, afirmou George Kelaidis, trabalhador do porto há 26 anos.
Os outros dois terminais de containers do porto já foram privatizados para a chinesa Cosco, através de uma concessão de 35 anos em 2008. Dezenas de outros portos estão sob a mira do programa de privatização do FMI, BC e BCE no país, como o porto de Tessalónica, um dos principais do mar Egeu. Com as privatizações do portos o governo espera arrecadar 3,5 bi de euros para repassar aos bancos.

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