O governo dos EUA retirou do Afeganistão o principal acusado pela
chacina no distrito de Panjwai. 16 civis, dos quais 3 mulheres e 9
crianças foram mortos a tiros e os corpos e foram queimados
O governo Obama retirou na
quarta-feira (14) às pressas do Afeganistão o soldado apontado pelo
Pentágono como “matador solitário” de 16 civis, dos quais nove crianças
e três mulheres, na chacina em Kandahar que testemunhas denunciaram ter
sido cometida não por um, mas por vários soldados dos EUA.
A retirada do criminoso de
guerra foi feita apesar de até o governo e o parlamento fantoches terem
pedido que os culpados fossem levados a julgamento dentro do
Afeganistão. O massacre ocorreu na madrugada de domingo, no distrito de
Panjwai, nos vilarejos de Najibian e Alokozi, a 35 km de Kandahar. Só
numa casa foram 11 mortos.
O Pentágono alegou ter recebido
“orientação legal” para proceder à retirada do principal acusado do
Afeganistão, em referência à “lei” da ocupação segundo a qual nenhum
soldado invasor será julgado no país, qualquer que tenha sido o crime
cometido.
A retirada também dificulta as
investigações, ainda mais quando a versão do Pentágono de “um só
matador” é desmentida até mesmo por membros do parlamento fantoche
provincial. Ao serem julgados nos EUA, invariavelmente os criminosos de
guerra são agraciados com absolvição ou penas mínimas. O massacre vem
sendo comparado ao de Mi Lai, no Vietnã.
Segundo a agência de notícias
Reuters, “vizinhos e parentes dos mortos disseram ter visto um grupo de
soldados dos EUA chegar à sua aldeia no distrito de Panjwai por volta de
2 horas da madrugada, entrar nas casas e abrir fogo”. Haji Samad, aos
prantos, relatou que “todos meus 11 parentes foram mortos, inclusive
minhas crianças e meus netos”. As paredes estavam manchadas de sangue.
“Eles (os americanos) despejaram substâncias químicas sobre os corpos
mortos e os queimaram”.
Vizinhos relataram à Reuters
terem sido acordados pelos disparos feitos por soldados
norte-americanos, que descreveram como rindo e bêbados. “Todos estavam
bêbados e atirando para todo lado”, disse o vizinho Agha Lala, que
visitou uma das casas onde a matança aconteceu. “Os corpos deles [das
vítimas] estavam crivados de balas”.
Mesmo parlamentares
fantoches confirmaram os relatos de que se tratou da ação de vários
soldados. O vereador Abdul Ghani afirmou que os moradores o informaram
de que havia dois grupos de soldados dos EUA e que os tiros vinham de
várias direções. Há ainda relatos de helicópteros sobrevoando as casas
antes do ataque. O parlamentar provincial Rahim Ayubi assinalou que “não
era possível a um único soldado americano sair da sua base, matar um
número de pessoas distantes, queimar seus corpos, ir a outra casa matar
mais civis e ainda andar dois quilômetros, entrar em outra casa, matar
civis e atear fogo nos corpos”.
“JUSTIÇA”
A “justiça” que está à espera
dos assassinos de Panjwai, em um julgamento nos EUA, pode ser aquilatada
pela sentença dada recentemente, em 25 de janeiro de 2012, aos
assassinos do massacre de Haditha, no Iraque, em que 24 civis foram
mortos: o chefe da matança foi “punido” com a perda da patente de
sargento e os demais, absolvidos.
Nos últimos meses, quanto mais
a guerra fica perdida para os EUA, mais se amontoam as evidências de
crimes de guerra, dos quais Panjwai é o mais recente. Assim, aos
massacres de civis com drones, se juntaram os episódios da profanação do
alcorão na maior base dos EUA, Bagram; o ato de urinar em grupo sobre
cadáveres afegãos; e a pose com a bandeira das SS nazista. E é comum os
soldados dos EUA andarem com fotos de afegãos chacinados nas carteiras,
ou exporem falanges de dedos cortados dos mortos. Com o Pentágono
organizando diariamente a chacina de civis para tentar virar a maré da
guerra, não chega a ser surpreendente que soldados encurralados pelo
fracasso cometam sua revanche covarde contra o povo afegão.
ANTONIO PIMENTA
até Satanás deve se sentir humilhado ao ver que SION/EUA os superou em covardia e perversidade
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