sexta-feira, 16 de março de 2012

“Oposição” engendrada pela CIA já briga por dinheiro


Ao mesmo tempo em que as forças de segurança da Síria desalojavam terroristas em Homs e depois em Idleb (ver matéria acima), uma luta visceral irrompeu nas hostes da “oposição” engendrada pela CIA. Os espiões americanos juntaram um bando de mercenários ávidos por dinheiro e notoriedade. Este sob sua orientação formaram o chamado Conselho Nacional Sírio, com o qual a secretária do Departamento de Estado, Hillary Clinton, se reuniu e prometeu arrumar as malas de dinheiro.

O problema é que, quando os cheques - que os americanos arranjaram via Qatar e Arábia Saudita - chegaram, a repartição não agradou alguns dos líderes ajuntados no improviso da CIA. A refrega foi tão devastadora que até os patrocinadores declararam que o tal Conselho Nacional Sírio, “está profundamente dividido como mostra a renúncia, ontem, de três ilustres integrantes de sua direção”. Foi o que divulgou o canal de TV saudita Al-Arabiya.
Renunciaram Haitham Al-Maleh, um antigo juiz, o mercenário Kamal Al-Labwani e a advogada Catherine Al-Talli. Estes começaram a reclamar afirmando não saber o destino que o dinheiro assegurado pelos patrocinadores tomou. A briga se exacerbou quando juntaram-se Arábia Saudita, Qatar, Estados Unidos, França e Reino Unido, propondo enviar ao CNS mais um milhão e meio de euros.
Não é por acaso que Obama tem apelado, dizendo que “a oposição precisa se unir”.
“As pessoas estão descontentes com a junta diretiva. Não sabemos o que faz e não está claro como estão gastando o dinheiro que é fornecido, não se sabe nem quanto receberam”, se queixou Salam Shawaf, citado pela Al-Arabiya, que o apresentou como um “ativista sírio independente”.
Haitham Al-Maleh, disfarçou seu apetite pelo vil metal: “Renunciei porque o grupo está caótico demais, e tem muito pouca clareza sobre o que eles pretendem conseguir”.
Maleh tem reiterado que só se pode derrubar Assad com uma intervenção militar similar à que o Império usou contra a soberania da Líbia.
A Al-Arabiya diz que pelo menos 80 dos 270 membros do Conselho de Estambul pensam em renunciar. A advogada Talli, disse que renunciou para que “não a responsabilizassem pelos fracassos e erros políticos do Conselho”.

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