Ao mesmo tempo em que as forças de segurança da Síria
desalojavam terroristas em Homs e depois em Idleb (ver matéria acima), uma
luta visceral irrompeu nas hostes da “oposição” engendrada pela CIA. Os
espiões americanos juntaram um bando de mercenários ávidos por dinheiro e
notoriedade. Este sob sua orientação formaram o chamado Conselho Nacional
Sírio, com o qual a secretária do Departamento de Estado, Hillary Clinton,
se reuniu e prometeu arrumar as malas de dinheiro.
O problema é que, quando os cheques - que os americanos
arranjaram via Qatar e Arábia Saudita - chegaram, a repartição não agradou
alguns dos líderes ajuntados no improviso da CIA. A refrega foi tão
devastadora que até os patrocinadores declararam que o tal Conselho Nacional
Sírio, “está profundamente dividido como mostra a renúncia, ontem, de três
ilustres integrantes de sua direção”. Foi o que divulgou o canal de TV
saudita Al-Arabiya.
Renunciaram Haitham Al-Maleh, um antigo juiz, o
mercenário Kamal Al-Labwani e a advogada Catherine Al-Talli. Estes começaram
a reclamar afirmando não saber o destino que o dinheiro assegurado pelos
patrocinadores tomou. A briga se exacerbou quando juntaram-se Arábia
Saudita, Qatar, Estados Unidos, França e Reino Unido, propondo enviar ao CNS
mais um milhão e meio de euros.
Não é por acaso que Obama tem apelado, dizendo que “a
oposição precisa se unir”.
“As pessoas estão descontentes com a junta diretiva. Não
sabemos o que faz e não está claro como estão gastando o dinheiro que é
fornecido, não se sabe nem quanto receberam”, se queixou Salam Shawaf,
citado pela Al-Arabiya, que o apresentou como um “ativista sírio
independente”.
Haitham Al-Maleh, disfarçou seu apetite pelo vil metal:
“Renunciei porque o grupo está caótico demais, e tem muito pouca clareza
sobre o que eles pretendem conseguir”.
Maleh tem reiterado que só se pode derrubar Assad com uma
intervenção militar similar à que o Império usou contra a soberania da
Líbia.
A Al-Arabiya diz que pelo menos 80 dos 270 membros do
Conselho de Estambul pensam em renunciar. A advogada Talli, disse que
renunciou para que “não a responsabilizassem pelos fracassos e erros
políticos do Conselho”.
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