O governo sírio
iniciou cessar-fogo às 6:00 h da manhã da quinta-feira, deixando claro
de que ele deve ser praticado por todos e que “ataques terroristas
contra civis terão a devida resposta”. Enquanto os governos da Rússia e
da China destacavam o cessar-fogo em andamento, os EUA instigavam os
bandos por ele fomentados a ignorá-lo.
Lavrov declara que
governo sírio deu todos os passos em direção ao plano de Annan
O ministro do Exterior da Rússia, Sergei Lavrov, declarou que
o governo sírio "deu todos os passos positivos em direção ao plano do enviado da
ONU, Kofi Annan".
Ele apontou para as declarações dadas por Susan Rice
(assessora de política externa da Casa Branca) e David Cameron de sabotagem da
mediação. Segundo Lavrov eles diziam que "o plano de Annan havia fracassado
antes mesmo de haver sido apresentado. Declarações que indicam para as pessoas
que está interessado no sucesso do plano e quem não está".
Cameron foi o que deu o recado mais explícito aos
sabotadores, dizendo que se o plano não desse certo, a Inglaterra ampliaria o
apoio aos ‘opositores’ e proporia recrudescer as sanções contra a Síria. Já Rice
– apesar da ação aberta de terrorismo armada pelos EUA - disse que "caberia ao
governo o ônus do cessar-fogo".
O governo sírio afirmou seu compromisso com o cessar-fogo,
iniciado à 6:00 h da manhã (hora local) do dia 12 de abril, mas alertou que não
seriam toleradas ações de terroristas contra civis.
A Rússia declarou que – para que o cessar-fogo prospere – os
EUA devem parar de instigar os ditos "opositores" e deve ser formado uma equipe
de observadores internacionais. Lavrov disse que a Rússia se oferece para
participar desta equipe. Pediu que Annan a montasse e anunciasse com a maior
brevidade possível.
A China deu as boas vindas à iniciativa da Síria de se
comprometer com o cessar-fogo e declarou que "a ‘oposição’ deve também se
comprometer".
As notícias de que o cessar-fogo havia sido de fato
implementado pelo governo sírio começaram a chegar, mas às oito da manhã uma
explosão destruiu um ônibus que carregava militares e trabalhadores a uma base
próxima a Alepo. Um tenente morreu e 24 militares e civis ficaram feridos.
Em outra explosão, em Idleb, um oficial e alguns integrantes
das forças de segurança ficaram feridos.
Ban Ki-moon declarou que acompanha de perto a situação e
espera que o Conselho de Segurança da ONU envie uma equipe de observadores o
mais rápido possível para que "se inicie um diálogo político".
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