sexta-feira, 13 de abril de 2012

Síria cessa fogo mas se amigos de EUA atacam terão resposta

O governo sírio iniciou cessar-fogo às 6:00 h da manhã da quinta-feira, deixando claro de que ele deve ser praticado por todos e que “ataques terroristas contra civis terão a devida resposta”. Enquanto os governos da Rússia e da China destacavam o cessar-fogo em andamento, os EUA instigavam os bandos por ele fomentados a ignorá-lo. 


Lavrov declara que governo sírio deu todos os passos em direção ao plano de Annan

O ministro do Exterior da Rússia, Sergei Lavrov, declarou que o governo sírio "deu todos os passos positivos em direção ao plano do enviado da ONU, Kofi Annan".
Ele apontou para as declarações dadas por Susan Rice (assessora de política externa da Casa Branca) e David Cameron de sabotagem da mediação. Segundo Lavrov eles diziam que "o plano de Annan havia fracassado antes mesmo de haver sido apresentado. Declarações que indicam para as pessoas que está interessado no sucesso do plano e quem não está".
Cameron foi o que deu o recado mais explícito aos sabotadores, dizendo que se o plano não desse certo, a Inglaterra ampliaria o apoio aos ‘opositores’ e proporia recrudescer as sanções contra a Síria. Já Rice – apesar da ação aberta de terrorismo armada pelos EUA - disse que "caberia ao governo o ônus do cessar-fogo".
O governo sírio afirmou seu compromisso com o cessar-fogo, iniciado à 6:00 h da manhã (hora local) do dia 12 de abril, mas alertou que não seriam toleradas ações de terroristas contra civis.
A Rússia declarou que – para que o cessar-fogo prospere – os EUA devem parar de instigar os ditos "opositores" e deve ser formado uma equipe de observadores internacionais. Lavrov disse que a Rússia se oferece para participar desta equipe. Pediu que Annan a montasse e anunciasse com a maior brevidade possível.
A China deu as boas vindas à iniciativa da Síria de se comprometer com o cessar-fogo e declarou que "a ‘oposição’ deve também se comprometer".
As notícias de que o cessar-fogo havia sido de fato implementado pelo governo sírio começaram a chegar, mas às oito da manhã uma explosão destruiu um ônibus que carregava militares e trabalhadores a uma base próxima a Alepo. Um tenente morreu e 24 militares e civis ficaram feridos.
Em outra explosão, em Idleb, um oficial e alguns integrantes das forças de segurança ficaram feridos.

Ban Ki-moon declarou que acompanha de perto a situação e espera que o Conselho de Segurança da ONU envie uma equipe de observadores o mais rápido possível para que "se inicie um diálogo político".

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